Coimbra
Livro e memorial lembram divodignos e homenageam liberalismo
A Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova promoveu na passada sexta feira o lançamento do livro “O Caso dos ‘Divodignos’ e as Lutas Entre Liberais e Absolutistas: História, Memória e Ideologia”, de Luís Reis Torgal, com o objetivo de documentar, preservar e divulgar a importância deste acontecimento histórico.
O lançamento da obra coincidiu com a inauguração de um memorial, no lugar do Cartaxinho, freguesia de Ega, uma vez que nesse lugar a 18 de março de 1828, deu-se o recontro entre estudantes liberais da associação secreta designada por “Divodignos” e uma comitiva universitária e eclesiástica que ia a Lisboa prestar homenagem ao proclamado “Rei Absoluto” D. Miguel, que se opusera à Carta Constitucional. Morreram dois lentes da Universidade de Coimbra, tendo sido posteriormente executados nove estudantes, em 20 de junho de 1828, no cais do Tojo, em Lisboa.
Com esta inauguração e com a apresentação do livro, o executivo da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova “pretende colocar em prática uma das mais nobres missões do poder autárquico que é estar ao serviço da preservação e divulgação da micro-história local, que consiste muitas vezes em pequenos episódios e acontecimentos cujo alcance, se não têm repercussão fora de portas, falam todavia no íntimo à comunidade autóctone. E essa vivência mais ou menos distanciada no tempo também confere identidade”, justifica a vereadora Liliana Pimentel no prefácio da obra.
O caso dos “Divodignos”, nomeadamente, o recontro entre a associação secreta dos estudantes liberais e a comitiva universitária e eclesiástica, acontecimento vulgarmente conhecido pelo tenebroso nome “assassinato dos lentes”, tem sido fortemente divulgado pela literatura, pois os acontecimentos subjacentes ao drama atingiram notoriedade nacional, tanto assim que despertaram imediato interesse literário, sob a forma de ficção literária, cénica, telenovelística e popular.
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