Justiça
Deputados zelam pela saúde financeira da Idealmed e Clínica Particular de Coimbra
O Jornal de Notícias revela na sua edição em papel que a Idealmed e a Clínica Particular de Coimbra pediram a “deputados que intercedessem na ARS do Centro, para esta despachar as suas candidaturas ao programa das listas de espera”.
Os dois deputados são os social democratas José Manuel Canavarro e Maurício Marques, que reuniram com José Tereso, o líder da ARS e…”no dia seguinte, os contratos foram assinados”, “uma rapidez providencial: 15 dias depois, a 9 de outubro, é publicado em “Diário da República” oDecreto-Lei 139/2013, aprovado em agosto, que revê o regime das convenções e suscita dúvidas que levam o Governo a suspender todas as candidaturas a SIGIC não contratadas até àquela publicação”.
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“Se os contratos não tivessem sido assinados até 9 de outubro, ainda hoje as duas clínicas não fariam cirurgias financiadas pelo SIGIC”, conclui o JN.
Questionado pelo jornalista Nelson Morais, José Tereso, que respondeu que o antigo secretário de estado e o líder do PSD Coimbra estiveram na reunião na qualidade de…”Acompanhantes”. “Cumprimentaram e estiveram calados.Para mim, em memória, foi uma postura de zero”.
Maurício e Canavarro afirmam que foram contactados pela Idealmed para falarem com a ARS. “O nosso papel não foi minimamente fulcral”, enquadrando a sua participação na actividade de deputados por Coimbra.
José Alexandre Cunha, CEO da Idelamed diz que ao diário que “pediu várias reuniões à ARS e que Maurício Marques e José Manuel Canavarro disponibilizaram-se a estar presentes numa das referidas reuniões,(…) não tendo tido qualquer posição ativa”.
O director de Planeamento e Contratação da ARS, Maurício Alexandre, admite ao JN “que o processo de adesão da Idealmed e CPC ao SIGIC “foi rebuscado, mas houve total isenção”, assumindo a “a opçãode dar prioridade às candidaturas da Idealmed e CPC, emprejuízo das mais antigas.
O JN sabe que “A intervenção dos dois deputados do PSD, Maurício Marques e José Manuel Canavarro, em defesa da Clínica Particular de Coimbra (CPC) e da Idealmed, foi denunciada à Polícia Judiciária e está sob investigação”.
Nelson Morais, responsável pela investigação que ocupa duas páginas do jornal, adianta que “o início da história remonta a2012, o ano em que Idealmed e CPC abrem portas, valendo-se da acumulação de funções de muitos médicos, incluindo diretores de serviço, dos hospitais públicos, que também fornecem os doentes do SIGIC”.
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