Cidade
Baixa de Coimbra com Via Central para carros e comboios
O executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) aprovou o projeto de abertura da chamada Via Central, que ligará a Avenida Fernão de Magalhães (junto à Loja do Cidadão) à Rua da Sofia (na zona da Caixa Geral de Depósitos).
José Augusto Ferreira da Silva, lembra que já existe um projecto, da autoria do arquitecto Gonçalo Byrne (para a Metro Mondego). Entende que não se justifica lançar a obra quando, supostamente, falta pouco tempo para se saber o que vai acontecer ao Metro Mondego.
Paulo Leitão tem memória que, inicialmente, a travessia, até agora designada Avenida Central, era mais para circulação ferroviária do que rodoviária, com restrições para a passagem de viaturas.
Manuel Machado não quer que a CMC seja “apanhada na curva”, por isso quer adiantar trabalho, mesmo que esta ideia não contemple a ligação até ao rio (Avenida Aeminium).
Para a maioria socialista, além do aumento da mobilidade no centro da cidade, a abertura desta ligação irá eliminar uma área de degradação urbana, contribuindo para a melhoria de um espaço vasto, integrado na zona de proteção do bem classificado pela Unesco como Património da Humanidade.
João Paulo Barbosa de Melo não consegue entender que se destrua património histórico para construir uma avenida deste género. Não quer mais um sitio para “passarem carros para cá e para lá”.
Aprovado com os votos do PS e PSD. CDU opta pela abstenção. CPC está contra.
Esta área foi já objeto de escavações com vista a detetar e salvaguardar vestígios arqueológicos e permitir a leitura de ocupação do espaço ao longo do tempo.
O projeto, que coincide com o canal de passagem do Sistema de Metro Mondego na Baixa de Coimbra, contempla a futura instalação deste, criando condições facilitadoras à sua construção e diminuindo-lhe os respetivos custos.
A sua concretização implica a demolição dos edifícios onde hoje se encontram instaladas a Farmácia Luciano e Matos, a Pastelaria Palmeira e a antiga Democrática. Para já, mantém-se o edifício municipal Casa Aninhas, só sendo necessária a sua demolição para instalação de uma paragem do SMM.
A via terá uma largura de cinco metros, suficiente para permitir a circulação, no sentido Avenida Fernão de Magalhães-Rua da Sofia, com espaço adicional para cargas e descargas.
O piso será revestido com cubo de granito, inclusive na zona da Loja do Cidadão – onde hoje existe betuminoso -, e as áreas pedonais com calçadinha de vidraço.
Além dos trabalhos de pavimentação, estão também incluídas as diversas redes de infraestruturas (água, drenagem de águas residuais, eletricidade, iluminação pública, telecomunicações, rede de gás e caminho de cabos do SMM).
A Metro Mondego fará o acompanhamento da obra, promovendo a articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente no âmbito das medidas da Declaração de Impacte Ambiental e do Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução.
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