Desporto

A NÃO AG da AAC/OAF

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 20-11-2014

20 de Novembro de 2014. Estádio Cidade de Coimbra. Assembleia Geral da Associação Académica de Coimbra – Organismo Autónomo de Futebol…mais uma!

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Da ordem de trabalhos constam:

1 – Informações…

2:  Designação do Provedor dos Sócios…

3: Apreciação do Relatório e Contas da AAC/OAF-SDUQ, Lda…

4: Análise e votação do Relatório e Contas da AAC/OAF…

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19:30 – Não há quórum. O Habitual. Na sala estão os membros dos órgãos sociais e mais 7 associados. É dada a meia hora prevista nos estatutos.
20:00 – Castanheira Neves, o líder da Assembleia Geral pede nova contagem. Há 30 sócios na sala. São necessários 50. É concedido mais 1/4 de hora  académico.
20.04 – Nova contagem. Estão 55. Há quórum.
O presidente da AG recorda André Campos Neves, que faleceu hoje. O filho daquele que era o sócio nº 9 da AAC (que tem o mesmo nome do pai), encontra-se na mesa, a pedido de Castanheira Neves. Aproveita para agradecer esta homenagem . Faz-se 1 minuto de silêncio.
Na hora de iniciar os trabalhos, o presidente da Assembleia Geral informa que a Direcção pede uma alteração da ordem de trabalhos. Vão começar pelo fim.
Quando se pensava que iam ser discutidas e votadas as “contas”,  Maria José Vicente pede a palavra para dizer que a direcção entendeu que estes dois pontos devem ser retirados da ordem de trabalhos, pois teme que o acto possa ser anulado, já que tem conhecimento que existem sócios a reclamar por causa das mesmas não terem sido certificadas pelo Revisor Oficial de Contas.
Intervém o sócio Rosa Pais, que seria uma dos reclamantes, para informar que tinha visto as contas, mas sem “visto” do ROC, pelo que entende que  as mesmas não podem ser votadas.
O advogado Luís Filipe Pereira também se dirige aos sócios para afirmar que os documentos voltaram a não ser disponibilizados durante o prazo legal, os 10 dias de antecedência previstos nos estatutos. Questionou mesmo se os documentos não foram disponibilizados, mas existem, ou não foram entregues, porque não existem.
Respondeu Manuel Arnaut, Vice-Presidente da Direcção, para reconhecer que existiam alguns papeis, não acessíveis com 10 dias de antecedência, mas com 6 -7 dias. Quanto ao parecer do ROC, que estava presente,  é obrigado a admitir que só existia desde ontem.
E assim uma AG, supostamente tão importante, acabou por “não acontecer”, por dela terem sido retirados todos os pontos  importantes da ordem de trabalhos, por quem tinha a responsabilidade de apresentar os mesmos: A direcção de José Eduardo Simões.
Direcção que também tinha ficado de anunciar o nome do Provedor dos Sócios, mas JES  admitiu que ainda não sabe quem vai propor. Adiantou de ter falado com alguém, mas como essa personalidade anda pelo estrangeiro,  não pode acrescentar mais nada, mais não seja porque esse associado ainda não lhe disse quem sim ou não.
Pelo que o e-leitor está a ler,  já está a verificar que Castanheira Neves não teve outro remédio senão fazer cumprir a lei, os famosos estatutos, ficando sem margem para poder mandar votar qualquer um dos 3 pontos.
Só lhe restava abrir o ponto das “informações”, ocasião que o presidente da Académica aproveitou para manifestar a sua alegria pelos dias que passou com as académicas de Cabo Verde, para lamentar que a A Bola não tenha autorizado um enviado especial aquele PALOP e para trazer um recado do Mindelo, município que que se quer geminar com Coimbra.
José Eduardo Simões usou ainda o  seu direito de antena para revelar que a Liga de Futebol precisa de 1, 5 milhões de Euros até ao fim do ano, valor que Luís Duque pretende que seja emprestado pelos clubes profissionais, facto que ajudou o líder da Académica a concluir que o futebol e os clubes estão falidos.
E assim, apesar da mudança dos pontos, a Assembleia Geral da AAC morreu antes de nascer, mas pode renascer, uma vez que a doença tem cura, porque não ficou  foi ferida na sua legalidade.

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