Xanana Gusmão e estados frágeis solidários com Oliveira do Hospital
O ex-presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão expressou hoje a sua solidariedade pessoal e do G7+, grupo de países considerados frágeis, à população de Oliveira do Hospital afetada pelo incêndio de domingo.
À frente de uma delegação do G7+, a que preside, o líder histórico da resistência timorense comunicou ao presidente da Câmara local, José Carlos Alexandrino, que este grupo de estados decidiu entregar à autarquia um donativo “para responder de imediato a alguma necessidade urgente” no concelho.
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A iniciativa, sublinhou Xanana Gusmão, “é de todo o grupo”, que enviará “alguma coisa para as autoridades” locais – uma “pequena comparticipação” – logo que ele próprio regresse a Timor-Leste, em cuja capital, Díli, está localizada a sede do G7+.
“As nossas condolências e o nosso sentimento solidário”, disse, quando a delegação por si liderada, com representantes de vários países e a embaixadora de Timor-Leste em Portugal, Maria Paixão da Costa, foi recebida nos Paços do Concelho de Oliveira do Hospital.
Fundado em 2010, o G7+ é constituído por 20 estados considerados frágeis ou afetados por conflitos internos: Timor-Leste, Afeganistão, Burundi, Chade, Comores, Costa do Marfim, Guiné, Guiné-Bissau, Haiti, Iémen, Ilhas Salomão, Libéria, Papua Nova Guiné, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa, Somália, Sudão do Sul e Togo.
O antigo líder guerrilheiro frisou que “Portugal está de luto”, o que levou o G7+ a assumir simbolicamente “um gesto solidário” com os portugueses, através da visita hoje realizada ao município de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra.
Para o presidente da Câmara Municipal, a presença de Xanana Gusmão e demais dirigentes do G7+ em Oliveira do Hospital “tem um significado muito especial” para a autarquia e para a população.
“Estou ao lado do meu povo neste momento de dor”, adiantou José Carlos Alexandrino, manifestando a certeza de que o concelho vai conseguir reerguer-se e ultrapassar a tragédia.
O autarca disse que estão hoje a ser realizados, em diversos locais e horários diferentes, os funerais de oito das 12 vítimas mortais dos incêndios no concelho, número que a Câmara Municipal confirmou na quinta-feira junto do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.
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