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“Viva la Muerte!” de Mão Morta adiados por motivos de saúde
A série de concertos “Viva la Muerte!”, da banda Mão Morta, foi adiada para 2025 devido à necessidade de uma intervenção cirúrgica ao vocalista Adolfo Luxúria Canibal que o obriga a repouso absoluto, foi hoje anunciado.
Recorde-se que ontem, dia 22 de agosto, foi anunciado que os portugueses Mão Morta iriam falhar o festival Luna Fest em Coimbra.
Assim, o concerto no Theatro Circo, em Braga, vai acontecer a 18 de janeiro de 2025, o do Teatro das Figuras, em Faro, a 25 de janeiro, enquanto a 01 de fevereiro atuarão no Teatro Municipal de Ourém.
Em 26 de fevereiro de 2025, os Mão Morta subirão ao palco da Culturgest, em Lisboa, em 01 de março estarão no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, e dia 07, no Teatro Aveirense, em Aveiro.
Em comunicado, a banda indicou que os bilhetes já comprados são válidos para as novas datas e que quem quiser pode pedir um reembolso, dirigindo-se à bilheteira onde adquiriu as entradas.
Os concertos foram anunciados em abril como momentos “de comemoração e de alerta” sobre “o ar dos tempos”.
Em nota de imprensa divulgada na altura, a banda portuguesa explicou que “Viva la Muerte!” pretende assinalar os 40 anos de carreira e os 50 da revolução de Abril de 1974 e que aos concertos se juntarão conferências “com politólogos, filósofos e historiadores, relacionadas com as temáticas do espetáculo”.
“Numa época em que o perigo do regresso do fascismo se torna palpável, os Mão Morta não podiam deixar de se manifestar e de denunciar o ar dos tempos”, referia o grupo.
De acordo com a informação divulgada em abril, o espetáculo contará com temas novos inspirados em autores como José Mário Branco, Adriano Correia de Oliveira, José Afonso ou José Carlos Ary dos Santos, “que viveram o fascismo salazarista e encontraram nessa opressão e censura a motivação para criar arte”.
Com letras de Adolfo Luxúria Canibal e música de Miguel Pedro e António Rafael, “Viva la Muerte!” também abordará as “temáticas do fascismo contemporâneo”, como “o ultranacionalismo bélico, as teorias racistas da ‘grande substituição’, a globalização das teorias conspiracionistas, o ódio ao conhecimento científico e às instituições do saber ou o apelo ao pensamento único, de vocação totalitária”.
As conferências, que serão moderadas pelos músicos, contarão com a participação dos investigadores e doutorados, das áreas de História e Política, Carlos Martins, Manuel Loff, Sílvia Correia e Luís Trindade.
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