Coimbra
Viseu afasta-se de Coimbra
O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), considerou hoje que a sinalização do corredor ferroviário Aveiro – Salamanca como uma prioridade é “um passo positivo”, mas que ainda há “muitas perguntas sem resposta”.
Ao comentar à agência Lusa o Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas, divulgado na terça-feira no Portal do Governo, o autarca saudou “o facto de o Governo, neste conjunto de prioridades e naquilo que sinalizou junto da União Europeia, ter indicado o corredor Aveiro – Salamanca”.
“Significa que o esforço de debate público e a concertação que fizemos do ponto de vista do Centro e Norte de Portugal mereceu acolhimento da parte do Governo”, frisou.
No entanto, o antigo secretário de Estado da Economia admitiu ter ainda “muitas dúvidas relativamente à forma como tudo se irá passar”, porque o plano “abre diversas perspetivas”.
Almeida Henriques considerou que, durante o debate técnico, terão de ser encontradas “soluções que se encaixem na disponibilidade financeira, mas que sirvam de uma forma mais cabal o Centro e Norte do país”.
“Ainda há um trabalho bastante grande para fazer e estamos disponíveis para, com o Governo, encontrarmos a melhor solução”, acrescentou.
Na sua opinião, a melhor solução passaria pela “construção de uma linha nova entre Aveiro e Mangualde e depois a melhoria da Linha da Beira Alta até à fronteira”.
O autarca disse ser preciso defender uma solução que tenha “uma abordagem ferroportuária e, ao mesmo tempo, logística”, potenciando as exportações do país, mas sem esquecer os passageiros.
Almeida Henriques sublinhou o facto de o Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas ter assinalado também como prioridade a melhoria da ligação rodoviária de Viseu a Sul, “independentemente do caminho a seguir para atingir o objetivo final”, uma vez que a obra terá de ser feita com investimento privado.
“A cidade-região de Viseu pede uma rodovia mais competitiva a Sul, que reduza em 30 minutos a ligação a Lisboa”, frisou.
O autarca esclareceu que, ao invés de uma ligação Viseu – Coimbra, prefere falar numa “ligação de Viseu a Sul”, que poderia passar, por exemplo, por “construir autoestrada até Santa Comba Dão e depois ela aproveitar para ir pelo traçado da antiga Estrada Nacional 2 e ir ter ao Itinerário Complementar 13, em Condeixa”.
“Iríamos sair a Sul de Coimbra. Continuaria a haver o Itinerário Principal 3 para quem fosse só para Coimbra. Quem fosse para Norte iria pela A25 e quem fosse para Sul aproveitaria esta nova autoestrada, aí eventualmente com portagem”, acrescentou.
Também no caso desta obra, Almeida Henriques se disponibilizou para dialogar e trabalhar com o Governo na procura da melhor solução.
Já o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, preferiu não comentar o que refere o plano relativamente a esta obra.
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