Crimes
“Violência bárbara”: Penas superiores a 7 anos para acusados de agressões a jovem junto a discoteca
O Tribunal de Guimarães condenou hoje a sete anos e meio e a oito anos e sete meses de prisão dois dos acusados de agredirem com “violência bárbara” um jovem junto a uma discoteca em Fafe, em 2022.
Na leitura do acórdão, a presidente do coletivo de juízes falou em criminalidade muito grave, em violência bárbara, insensível e cruel, de atrocidade brutal, com alarme e repudio sociais enormes, classificando “o modo de execução de absolutamente atroz e bárbaro”.
“Há dois grupos, há alguma coisa que se passou dentro da discoteca, há algo que espoletou o que se passou lá fora e que foi desproporcional e de uma violência bárbara. As imagens falam por si. É de uma violência, de uma atrocidade brutal. Há um desvalor pela vida”, frisou a presidente do coletivo de juízes, Marlene Rodrigues.
A um dos arguidos, o Tribunal de Guimarães aplicou ainda a pena acessória de expulsão do país.
Os dois arguidos vão continuar em prisão preventiva.
Inicialmente, o processo contava com seis arguidos, cinco homens e uma mulher, com idades entre os 20 e os 36 anos, todos de nacionalidade brasileira, mas na primeira audiência o tribunal separou três dos arguidos: um porque ainda estava foragido, a mulher e um homem porque não compareceram em tribunal e encontram-se em parte incerta.
Ao terceiro arguido, o tribunal decidiu pela sua absolvição, pois ficou “com dúvidas” sobre a sua intervenção nas agressões.
Na madrugada de 29 de maio de 2022, o grupo constituído pela principal vítima e por mais um jovem e duas jovens dirigiu-se à discoteca Mamma Mia, em S. Gens, Fafe, no distrito de Braga, onde já se encontrava o grupo dos seis arguidos.
A juíza presidente deu conta que as jovens que faziam parte do grupo da vítima começaram a ser agredidas no exterior da discoteca, quando um outro jovem foi em sua defesa e os arguidos “partem para cima deles”.
“Arrasaram as pessoas todas, especialmente o senhor Rui Mendes [vítima]”, afirmou a presidente do coletivo de juízes.
A vítima, segundo o tribunal, “tem dificuldades em falar e será submetido a outra cirurgia”.
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