Um homem violou durante mais de dez anos as duas filhas. O abusador aproveitava a ausência da mãe das menores para aterrorizar as meninas, mantendo com elas relações sexuais.
“A filha mais velha, na altura com 13 anos, foi a primeira a ser atacada. Quando a outra filha fez 10 anos, passou também a ser abusada”, adianta o Correio da Manhã.
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Os abusos aconteciam na casa de banho ou no quarto dos pais. O pai manteve com a mais velha relações sexuais durante 9 nove, dos seus 13 até aos 22 anos, tendo atualmente, 23. Quando a menina estava no secundário e tinha pausa de duas horas para almoço, o pai obrigava-a a deslocar-se a casa, para a abusar.
A acusação do Ministério Público sustenta que o homem era extremamente violento e espancava a menor, que tentava escapar aos abusos. “Nunca utilizou preservativo e controlava os ciclos menstruais da filha. A partir de 2017, abusava das duas em dias distintos da semana”, refere a notícia acrescentando que, “batia também na menina sempre que suspeitava que tinha um namorado.”
Todo o terror acaba quando a filha mais velha ganha coragem de denunciar os abusos aos 22 anos.
O arguido foi acusado de 518 crimes, onde a maioria dos crimes são de abuso sexual de criança e de menores dependentes, bem como violação e violência doméstica.
Encontra-se em prisão preventiva, na cadeia do Montijo, desde outubro de 2022. A acusação foi deduzida pelo DIAP do Barreiro. O Ministério Público quer que seja atribuída às vítimas uma indemnização, “a título de reparação pelos danos patrimoniais e não patrimoniais sofridos, enquanto vítimas especialmente vulneráveis”, conta o CM.
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