O vício do jogo levou uma funcionária judicial a roubar o tribunal para jogar nas raspadinhas. A mulher, que estava colocada no Juízo de Proximidade de Alcanema, na Comarca de Santarém, admitiu que cometeu os crimes por ser viciada em raspadinhas.
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De acordo com o Correio da Manhã, o Tribunal de Santarém condenou recentemente dois oficiais de justiça, colocados nos juízos de Alcanena e de Abrantes, pelo crime de peculato na forma continuada, dando como provado que subtraíram dinheiro de atos judiciais que deviam depositar em contas bancárias do ministério da Justiça.
A funcionária foi condenada a três anos e seis meses de prisão, com pena suspensa mediante a devolução dos 9166 euros de que se apropriou. Vai ainda ter que frequentar um programa sobre viciação ao jogo compulsivo.
A arguida explicou que, entre 2017 e 2019, se viciou na compra de raspadinhas, não conseguindo controlar o seu comportamento. Foi demitida em 2019 na sequência do processo disciplinar de que foi alvo.
Noutro processo, um escrivão-adjunto que exerceu funções nos tribunais de Abrantes e do Entroncamento durante mais de 20 anos foi condenado a três anos de prisão com pena suspensa, pelo mesmo crime. O homem, que também foi demitido, justificou o crime com a morte do pai, a separação da mulher e uma depressão.
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