Política
Vice-presidente do Chega acusada de burla e de falsificar assinatura de mulher morta

Imagem: Expresso / DR
Ana Caldeira, vice-presidente do Conselho de Jurisdição do Chega e jurista do grupo parlamentar do partido, está a ser julgada pelos crimes de burla qualificada e falsificação de documentos.
A acusação aponta que, em 2022, tentou enganar um antigo sócio, falsificando a assinatura de uma mulher já falecida, com o intuito de obter uma quantia de 6 mil euros.
De acordo com o despacho de acusação ao qual a SIC teve acesso, a advogada terá convencido o seu ex-sócio a emprestar-lhe o valor alegando que a sua cliente, Maria Amélia Martins, precisava urgentemente do montante. Ana Caldeira teria prometido devolver 10 mil euros após seis meses. Para formalizar o acordo, foram elaborados um contrato de confissão de dívida e um Termo de Autenticação, registados no site da Ordem dos Advogados, com assinaturas que supostamente pertenciam a Maria Amélia Martins.
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O problema surge quando se revela que Maria Amélia Martins faleceu em março de 2015, o que coloca em causa a validade dos documentos. Segundo o Ministério Público, a vice-presidente do Conselho de Jurisdição do Chega falsificou a assinatura da falecida com o objetivo de garantir a quantia de 6 mil euros.
Embora Ana Caldeira tenha devolvido os 6 mil euros emprestados, ainda não pagou os juros acordados, o que levou à acusação dos crimes de burla qualificada e falsificação de documentos.
André Ventura, presidente do Chega, expressou surpresa com o caso, afirmando que desconhecia os detalhes da situação. No entanto, garantiu que haveria consequências internas, caso as acusações se confirmem.
A defesa de Ana Caldeira foi contactada pela SIC, mas ainda não houve resposta. O julgamento prossegue e o futuro da vice-presidente do Conselho de Jurisdição do Chega está agora nas mãos da justiça.
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