Coimbra

Vereadora diz que presidente de Coimbra “tem andado a mentir…”

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 16-10-2023

A vereadora do Partido Socialista, Regina Bento, aproveitou o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses relativo ao ano de 2022 para questionar o presidente da Câmara Municipal de Coimbra sobre a questão financeira da autarquia.

A autarca referiu no período antes da ordem do dia da reunião do executivo municipal desta segunda-feira, que José Manuel Silva “tem andado a mentir aos conimbricenses pois aproveita toda e qualquer circunstância para se lamentar”.

Regina Bento lembra que “os dados do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, que são dados oficiais, contrariam as afirmações recorrentes do presidente: Coimbra tem uma receita demasiado baixa, que não gera receita suficiente para fazer face à sua despesa”.

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A vereadora socialista frisa que “de acordo com os dados publicados, o Município de Coimbra encontra-se no 14.º lugar nacional dos municípios com maior volume da receita cobrada em 2022, tendo cobrado uma receita superior a 118 milhões de euros, apresentando um acréscimo de 2,4% em relação ao ano de 2021. É o 15.º município no ranking dos municípios que em 2022 apresentaram maior valor de receita fiscal, estando no 10.º lugar em termos de receita cobrada de IMI, em 22.º lugar na receita cobrada de IMT e em 17.º lugar na receita da derrama”.

Sublinhando ainda que “Coimbra aparece ainda no honroso 8º lugar no ranking dos Municípios com maior volume de orçamento inicial em 2022, com um orçamento superior a 167 milhões de euros”.

“Será a despesa da nova estrutura orgânica da Câmara, despesista e megalómana, com mais de 80 dirigentes, alguns deles chefes apenas de si próprios que representam uma despesa anual de 4 milhões de euros?”, questiona, realçando que “Coimbra está em 12.º lugar no ranking dos municípios com maior volume de despesa com pessoal paga no ano de 2022, quase 41 milhões, aumentou 5% face ao ano anterior”.

Regina Bento sublinha que “as despesas com aquisições de bens e serviços para organização de festas e eventos, publicidade, comunicação e marketing que já ascendem a cerca de 1 milhão de euros nestes dois anos de mandato! Só para a recente festa da extinção da Casa da Escrita foi feito mais um ajuste direto no valor de 22.416,67 €”.

“Por este caminho, no final destes quatro anos de mandato teremos uma Câmara em grandes dificuldades financeiras, orçamentalmente desequilibrada e endividada”, concluiu a vereadora.

“Não temos uma estrutura despesista, mas adequada à realidade”, respondeu o presidente da Câmara, referindo que não compreende as críticas da vereadora socialista.

“A receita que Coimbra tem não é suficiente para resolver os problemas da cidade e corresponder a todas as necessidades de investimento e para apoiar as centenas de associações que existem no concelho”, adianta.

José Manuel Silva reconhece que as despesas com pessoal aumentaram devido ao processo de descentralização de competências para as autarquias locais. Houve um “aumento de 106 postos de trabalho, mas é o Estado que paga”.

O edil referiu que é “muito importante analisar os números do Anuário Financeiro”, mas deve ser feito de “forma coerente e não demagógica”.

Veja o vídeo com a vereadora do PS, Regina Bento:

Veja o vídeo com o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva:

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