Um estudo recente, publicado na Journal of Hazardous Materials, veio lançar um novo alerta sobre a segurança alimentar. Investigadores analisaram 109 amostras de alimentos comuns e encontraram níveis preocupantes de plastificantes, químicos usados em embalagens para aumentar a durabilidade e flexibilidade em produtos consumidos diariamente por milhares de pessoas.
Entre os alimentos com maiores concentrações destes compostos destacam-se as saquetas de puré destinadas a bebés, carne fresca embalada, cereais de pequeno-almoço e legumes vendidos em sacos próprios para cozedura no micro-ondas, descreve o Notícias ao Minuto.
Estas substâncias, algumas das quais com propriedades que interferem com o equilíbrio hormonal, nomeadamente com hormonas como o estrogénio e a testosterona, estão também associadas ao aumento do risco de desenvolvimento de doenças graves, como o cancro e a doença de Alzheimer.
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Segundo o estudo, os óleos de cozinha foram os alimentos que apresentaram os níveis mais baixos destes químicos tóxicos, contrastando com os restantes produtos testados.
O impacto da exposição contínua a estes contaminantes preocupa os especialistas, que alertam para a necessidade urgente de rever as práticas de embalagem e conservação dos alimentos, sobretudo os destinados a populações mais vulneráveis, como os bebés.
A comunidade científica reforça o apelo a uma maior regulação e transparência por parte da indústria alimentar, assim como a necessidade de mais investigação sobre os efeitos a longo prazo da ingestão destes compostos.
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