Economia
Vendas da H&M caem 57% nos dois últimos meses devido à pandemia
As vendas da cadeia de moda H&M caíram 57% entre 01 de março e 06 de abril, calculadas em moedas locais e em termos homólogos, devido à pandemia da covid-19, revelou hoje a multinacional sueca.
Em meados de março, a H&M teve que fechar 80% das suas lojas por causa das restrições impostas pelos diferentes governos, embora, desde abril, tenha iniciado a abertura de algumas delas mas de forma progressiva, sendo que atualmente tem fechadas 60% das 5.061 que possui, refere a cadeia de moda em comunicado.
Entre os seus principais mercados, as vendas registaram uma maior queda em Itália (80%) e Espanha (76%), enquanto nos Estados Unidos diminuíram em 71%, no Reino Unido caíram 60%, na Alemanha quebraram 46% e na China tiveram uma queda de 32%.
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Já as vendas pela internet nos últimos dois meses do segundo trimestre do ano fiscal (março a maio) aumentaram 32% na comparação com igual período do ano anterior.
Para compensar a queda nas vendas, a empresa sueca tomou várias medidas em relação à compra de produtos, investimentos, alugueres, entre outros, se bem que não serão suficientes, pelo que no final do segundo trimestre a multinacional apresentará prejuízos, lê-se no comunicado.
Em 30 de abril, o valor do inventário acumulado da H&M estava contabilizado em 3.854 milhões de euros.
A H&M referiu ainda que a sua liquidez “é boa” e que possui em dinheiro e em linhas de crédito não utilizadas nessa data 2.237 milhões de euros.
Em abril, a empresa sueca revelou que teve um lucro de 181 milhões de euros no primeiro trimestre do ano fiscal (dezembro a fevereiro), um acréscimo de 140% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas alertou para o facto de que o resultado no segundo trimestre seria “muito negativo”.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 260 mil mortos e infetou cerca de 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
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