Coimbra
Vários tribunais de Coimbra fechados devido à greve dos oficiais de justiça
Vários tribunais da comarca de Coimbra encontram-se fechados e diversos julgamentos foram já adiados devido à greve dos oficiais de justiça, informaram hoje fontes judiciais.
Os tribunais de Arganil e da Lousã, o Tribunal de Execução, em Soure, e o Tribunal do Comércio, em Montemor-o-Velho, encontram-se hoje encerrados devido ao primeiro de três dias de greve dos funcionários judiciais, disse à agência Lusa a presidente da Comarca de Coimbra, Isabel Namora.
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Segundo a responsável, registou-se, até ao momento, o adiamento de seis julgamentos e de duas diligências.
A adesão à greve na Comarca de Coimbra é de “aproximadamente 56%”, sendo que no tribunal da capital de distrito encontram-se encerrados os juízos número 2 e 3 da instância local criminal e os juízos 1 e 2 da central criminal, acrescentou.
Também na Relação de Coimbra, se sente o impacto da greve “no funcionamento do tribunal”, afirmou o presidente daquele tribunal, Luís Azevedo Mendes, referindo que não há impacto nas sessões.
À sexta-feira, apenas decorrem sessões da secção social da Relação de Coimbra que foram antecipadas para terça-feira, explicou.
O primeiro de três dias de greve dos funcionários judiciais por causa da revisão estatutária, aposentação e contagem do tempo de carreira registou “grande adesão” e encerrou diversos tribunais, disse hoje Fernando Jorge, presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ).
Fernando Jorge entende que a grande adesão à greve deve levar o Ministério da Justiça a refletir sobre o descontentamento que grassa nesta profissão judiciária e defendeu que é altura de desbloquear os entraves colocados pelo Ministério das Finanças.
Segundo o presidente do SFJ, outro sinal de desagrado prende-se com a falta de pessoal, havendo, neste momento, um défice de mais de 1.000 funcionários.
Quando o período de greve terminar, o sindicato tenciona pedir uma reunião ao Ministério da Justiça para discutir as questões levantadas pelos grevistas.
A greve em curso foi inicialmente convocada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), tendo-se depois o Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) associado à paralisação.
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