Cidade
Rede de Madrugada pode ser uma festa para quem gosta de se divertir
Coimbra é uma cidade marcadamente estudantil, que gira muito em volta do espírito académico e que possui uma vida noturna bastante vincada.
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Paradoxalmente, carece de transportes públicos durante a madrugada. Face a esta realidade, a consultora Trenmo propõe que os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) criem o que chamam de Rede de Madrugada.
A proposta consta do Estudo de Reestruturação da Rede de Transporte Coletivo de Passageiros dos SMTUC e de Avaliação do Seu Impacto no Sistema de Mobilidade do Concelho de Coimbra.
A versão atualizada do relatório final deste estudo foi enviada há cerca de três meses aos SMTUC e será agora levada a conhecimento do executivo da Câmara Municipal de Coimbra, que reúne na próxima segunda-feira.
No estudo pode ler-se que “devido ao grau de procura esperado para uma rede deste tipo e obviamente tendo em conta aspetos financeiros, a rede de madrugada deverá ser efetuada em carrinhas de nove lugares”.
A Trenmo propõe a criação de três linhas para operar na madrugada coimbrã, sempre com partida na Praça da República. Os três destinos apontados são: Solum, Hospital dos Covões e Polo II.
A linha Praça da República – Solum corresponderia, no essencial, ao percurso da 7 diurna. Beneficiaria de duas carrinhas com uma frequência de 30 minutos. Também com o mesmo número de veículos e frequência, a linha Praça da República – Hospital dos Covões iria retomar parte do percurso da 14, trocando a passagem pelo Fórum (fechado de madrugada) por zonas residenciais. Por último, a linha Praça da República – Polo II basear-se-ia, em parte, no percurso da 24T, neste caso com apenas uma carrinha e frequência de uma hora.
O estudo da responsabilidade da Trenmo defende alterações de traçados, revisão dos horários e tempos de percurso e mesmo supressão integral de linhas e variantes de linhas (mas com integração das suprimidas noutras linhas).
Contas feitas, se os SMTUC adotassem todas as alterações propostas pela empresa especializada em engenharia, a mesma garante que chegariam ao final do ano com menos 377.262 km percorridos. Ou seja, registariam uma redução de 6,5%, passando de 5.778.240 km para 5.400.979 km.
Saliente-se, no entanto, que a consultora trabalhou com base em números de 2012 e 2013. Daí para cá a rede tem vindo a ser reestruturada, principalmente com base em opções desenvolvidas pelos próprios SMTUC e apenas numa pequena percentagem seguindo as propostas da Trenmo. Essa reestruturação entretanto efetuada permitiu chegar ao final de 2015 com 5.343.000 km percorridos, cifra que, inclusive, supera o resultado proposto pela consultora.
O documento elaborado pela Trenmo contém ainda outras sugestões de alterações que já foram adotadas pelos SMTUC, nomeadamente no que ao tarifário diz respeito.
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