Os trabalhadores dos bares dos comboios Alfa Pendular e Intercidades vão fazer de novo greve, com início na segunda-feira, pois consideram “manifestamente insuficiente” a proposta de aumento salarial de 1,5%, disse hoje fonte sindical.
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A greve não tem uma data para terminar, tendo o presidente da direção do sindicado, Francisco Figueiredo, dito à Lusa que, a cada dia, os trabalhadores vão se decidir se continuam com o protesto.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte, na última reunião de negociações do Acordo de Empresa, em 22 de março, a empresa Almeida & Cadima, que pertence à LSG Group (Lufthansa), propôs um aumento salarial de “apenas 1,5%”, que foi rejeitado pelos os trabalhadores por ser “manifestamente insuficiente” face aos baixos salários que são pagos.
Francisco Figueiredo disse ainda à agência Lusa que a empresa também “reduziu em dois dias o subsídio de alimentação mensal”, passando-o para 20 dias, e “não paga” o subsídio de alimentação nas férias dos trabalhadores, na ordem dos 146 euros e que estes recebiam.
Assim sendo, “o aumento salarial, que já é pequeno, é comido pelos roubos que a empresa quer fazer”, lamentou o dirigente sindical, lembrando que a empresa “não paga” o trabalho suplementar efetuado.
Os trabalhadores da sociedade Almeida & Cadima, Ld.ª, empresa que desde dezembro de 2018 explora o serviço de refeições dos comboios Alfa Pendular e Intercidades, face à proposta da administração, decidiram voltar à greve com início na segunda-feira.
Além disso, “os trabalhadores vão constituir, como habitualmente, piquetes de greve a partir das 05:30 do dia 01 de abril em Santa Apolónia [em Lisboa] e no Porto – Campanhã”, salientou o dirigente sindical.