Coimbra
Utentes violadas por familiares abusadas por auxiliar de uma instituição na zona de Coimbra
Duas pessoas já tinham sido violadas por familiares. Agora foram abusadas por um homem, de 28 anos, auxiliar numa instituição de apoio a pessoas com deficiência, na zona de Coimbra.
O arguido, que tinha conhecimento das situações delicadas que as vítimas tinham vivido, “não o impediu de abusar sexualmente de forma reiterada das jovens. Está acusado pelo Ministério Público de 98 crimes de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência e vai ser julgado em Coimbra”, informa o Correio da Manhã.
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Os factos ocorreram entre 2020 e 2021. As vítimas residem num lar da instituição e partilhavam o mesmo quarto. Os abusos aconteciam sempre que o homem estava no turno da noite e fazia a vigilância dos utentes.
Deslocava-se ao quarto depois da meia-noite, quando já estavam a dormir, com o pretexto de lhe dar comida. Primeiro atacava uma das jovens, “tirava a roupa da cama, dava-lhe palmadas nas nádegas e dizia para ir para a cozinha comer”, revela. Aí, a mulher eram coagidas a praticar sexo oral.
A acusação do Ministério Público refere que o arguido sabia que as vítimas, devido à sua deficiência, “não possuíam a capacidade e discernimento necessários para se autodeterminar sexualmente” e “não eram capazes de se defender”. Sofrem de deficiência intelectual e carecem de supervisão, pelo que beneficiam do apoio da instituição. Não vão ser ouvidas no julgamento uma vez que prestaram declarações para memória futura.
O despacho refere ainda que o arguido dizia às jovens que, se contassem a alguém, lhes retirava os telemóveis e teriam consequências graves. Também ameaçava aplicar-lhes um castigo.
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