Coimbra
Utentes da EN 110 em Penacova manifestaram-se pela reabertura da estrada
Cerca de uma centena de utentes da EN 110, em Penacova, manifestaram-se hoje pela reabertura da estrada, encerrada há cerca de um mês devido a duas derrocadas e assumem-se expetantes pelo início das obras, agendado para segunda-feira.
“Esperamos que tudo corra bem e rápido. Mas vamos manter a pressão e, por isso, não desconvocámos o protesto, queremos que a Estradas de Portugal (EP) faça um ponto da situação esta semana”, disse à agência Lusa António Tomé, da comissão de utentes da EN 110.
A empresa Estradas de Portugal anunciou sexta-feira que vai iniciar segunda-feira os trabalhos de estabilização do talude naquela via – que liga Penacova a Coimbra pela margem direita do rio Mondego – estando prevista a presença no local do presidente da empresa aquando do arranque da obra.
António Tomé frisou a “preocupação” da comissão de utentes pelo desenrolar dos trabalhos, argumentando que existem outros pontos da EN 110 em que o talude “está em risco”.
A preocupação da população estende-se à duração prevista dos trabalhos, que dizem desconhecer, nomeadamente mais quanto tempo durará a interdição de circulação: “Não sabemos quanto tempo mais vai estar cortada. Há outra zona da estrada em que a obra já decorre há 16 meses e não se vê prazo para terminar. Queremos que a obra se faça mas com pés e cabeça e que não nos atirem areia para os olhos”, sustentou.
Ouvido pela Lusa, o presidente da Câmara de Penacova, Humberto Oliveira, que também marcou presença no protesto de hoje, disse esperar que os trabalhos se iniciem no prazo previsto e sublinhou a preocupação da autarquia em garantir, junto com o operador de transportes públicos, alternativas de horários e de rotas que possam servir a população enquanto a via se mantiver cortada.
“Vai ser necessário acertar alguns aspetos para melhor servir as populações a jusante e montante [das derrocadas], eventualmente com transbordos e novos horários”, frisou.
O corte da estrada ocorreu na zona de Foz de Caneiro, afetando, além desta localidade, as de Rebordosa e Chelo e a obstrução tem obrigado as populações a um percurso alternativo para Coimbra de mais 60 quilómetros diários.
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