Educação

Universitários exigem que juventude seja tutela do primeiro-ministro

Notícias de Coimbra com Lusa | 11 meses atrás em 13-01-2024

O presidente da Federação Académica do Porto (FAP) exigiu hoje que a pasta da juventude seja da tutela do primeiro-ministro na próxima legislatura, revelando preocupação com o flagelo da emigração jovem em Portugal.

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“Lanço o desafio aos líderes dos partidos políticos para que assumam o compromisso de colocar a Secretaria de Estado da Juventude sob tutela do primeiro-ministro. Tem de existir uma Secretaria de Estado da Juventude com peso político para implementar políticas transversais a todas as áreas da governação. Temos de travar este flagelo”, avançou hoje à Lusa o presidente da FAP, Francisco Fernandes.

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As declarações do presidente da FAP e a sua “extrema preocupação” com a emigração dos jovens em Portugal surge um dia depois de terem sido divulgados pelo Observatório da Emigração dados que indicam que 30% dos jovens nascidos em Portugal estão atualmente a viver no estrangeiro.

Francisco Fernandes adiantou que a FAP fará chegar a todos os partidos políticos um documento com os objetivos para a próxima legislatura, com “propostas concretas” para os atingir, na “promoção da igualdade de oportunidades”, para a “valorização do ensino superior” e na “garantia da emancipação jovem.

“Seremos a voz de uma geração que não se resigna”, declarou o presidente da FAP.

Para travar o “flagelo” da emigração jovem, a FAP veio hije exigirr que a “juventude fique sobre a alçada do primeiro-ministro” e que seja um “desígnio nacional”.

Os números do Observatório da Emigração conhecidos esta sexta-feira refletem uma realidade há muito sentida e são reveladores de “um país que não é para jovens”, lamenta o presidente da FAP.

A FAP assinala que, em Portugal, os jovens saem de casa dos pais aos 29,7 anos, quando a média europeia é 26,4. Para esta realidade, muito contribui o desemprego jovem elevado – o quinto maior da União Europeia, e os baixos salários.

Dados recentes mostram que 75% dos jovens ganham menos de 950 euros mensais e, no que respeita ao trabalho qualificado, um jovem com qualificações superiores ganhava, em média, mais 211€ em 2011, do que em 2022.

“Queremos construir o nosso próprio projeto de vida, mas o país não nos permite. Somos a primeira geração a viver pior do que a anterior. Neste momento, a única solução é mesmo abandonar Portugal em busca de uma vida melhor”, disse o líder dos estudantes da federação académica do Porto.

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