Governo
Universidade de Évora atribui Honoris Causa a antigo ministro Veiga Simão
O antigo ministro da Educação Nacional José Veiga Simão vai ser distinguido pela Universidade de Évora com o doutoramento Honoris Causa, numa cerimónia agendada para 06 de janeiro, anunciou hoje a academia alentejana.
A atribuição do doutoramento vai acontecer numa sessão que pretende assinalar a comemoração dos 40 anos da tomada de posse da 1.ª Comissão Instaladora do Instituto Universitário de Évora, “embrião” do regresso da universidade à cidade alentejana.
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Na proposta para atribuição do grau Doutor Honoris Causa, José Veiga Simão é considerado “uma referência incontornável da história portuguesa mais recente e uma voz interveniente no mundo” atual.
A Universidade de Évora foi fundada em 1559, 22 anos após da Universidade de Coimbra, mas foi encerrada dois séculos depois, em consequência do decreto de expulsão dos jesuítas.
Só em 1973, por decreto do então ministro da Educação Nacional Veiga Simão, é que foi decidido o regresso do ensino universitário à cidade alentejana, através do Instituto Universitário de Évora.
As aulas recomeçaram a 10 de novembro de 1975 e, quatro anos depois, em 1979, surgiu a Universidade de Évora.
Para o reitor da academia alentejana, Carlos Braumann, a atribuição do doutoramento a Veiga Simão é “a oportunidade” para a UÉ “reconhecer publicamente o papel fundamental” que o antigo ministro teve na restauração da instituição e “no desenvolvimento do ensino superior em Portugal”.
A sessão marcada para 06 de janeiro, às 15:00, na Sala dos Atos da UÉ, deverá contar com intervenções de membros da 1.ª Comissão Instaladora, ficando a oração laudatória a cargo de Guilherme d’Oliveira Martins, “padrinho” do novo Honoris Causa.
Nascido na Guarda, a 13 de fevereiro de 1929, José Veiga Simão formou-se em Ciências Físico-Químicas na Universidade de Coimbra e doutorou-se em Física Nuclear na Universidade de Cambridge (Inglaterra).
Além de professor catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, foi reitor da Universidade de Lourenço Marques (atual Universidade Eduardo Mondlane), em Moçambique.
Foi ministro da Educação Nacional (1970-1974), sendo responsável, durante o mandato, pelo Decreto-Lei n.º 402/73 de 11 de agosto, que ampliou e diversificou a rede de estabelecimentos de Ensino Superior em Portugal.
Essa decisão resultou no que são hoje a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade de Aveiro, a Universidade do Minho, a Universidade da Beira Interior, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e a Universidade de Évora.
Regressado à política após o 25 de Abril de 1974, foi embaixador de Portugal nas Nações Unidas, deputado e ministro da Indústria e Energia e da Defesa Nacional até ao final dos anos 90 do século XX, resumiu a academia alentejana.
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