Empreendedorismo
Universidade de Coimbra premeia sistema de dados, coleções e testes de tratamentos
A Universidade de Coimbra entregou hoje, no Museu da Ciência, três prémios de 25 mil euros a um sistema de informação com dados de análises clínicas, a um modelo de teste de tratamentos tumorais e a uma plataforma digital para colecionadores.
Na 6ª edição do prémio Arrisca C (um concurso nacional de inovação promovido pela universidade), o prémio máximo, de 50 mil euros, não foi atribuído por nenhum dos projetos a concurso ter os requisitos exigidos, entre estes, a possibilidade das ideias apresentadas serem desenvolvidas na região que abrange o prémio – distritos de Leiria e de Coimbra.
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Nos finalistas de Provas de Conceito, a empresa do Porto Expertus recebeu 25 mil euros, para aplicar num projeto que usa a membrana do ovo da galinha para testes de tratamentos de tumores, permitindo que não haja limitações de regulamentos éticos.
Também na mesma categoria, a VFinfer recebeu o mesmo montante, sendo esta uma empresa que se dedica ao desenvolvimento de um sistema de informação capaz de expor e filtrar dados de análises clínicas, de forma a melhor detetar a presença de bactérias potencialmente patogénicas.
Collectorsbridge foi o vencedor na categoria de Planos de Negócio, levando 25 mil euros para casa, com vista a desenvolver a sua plataforma digital, que pretende ajudar colecionadores a gerirem as suas coleções.
Dos três finalistas na categoria do Ensino Secundário, foram os alunos da Escola Profissional Artística da Marinha Grande a receber o prémio de dois mil euros pelo seu dispositivo portátil de refrigeração, que aproveita a luz solar para baixar a temperatura da garrafa.
Os restantes prémios, promovidos por entidades e empresas, que se situavam entre os 720 euros e os cinco mil euros, foram disputados por 30 finalistas.
Destes, destaca-se o projeto Selfvolt, que se centra numa estação móvel para a alimentação de dispositivos eletrónicos, em que a sua promotora foi receber cinco prémios, num total de 11.160 euros, entregues por diferentes entidades.
Os promotores do produto Aspersus R2S, apesar de terem recebido apenas três prémios, acabaram por sair do Museu da Ciência com 13 mil euros para ajudar a implementar um projeto que permite a preparação de artigos científicos com a formatação exigida pelas revistas científicas.
Houve também prémios para a produção de farinha de castanha, comercialização de caracóis, deteção precoce de cáries, confeção de camisas dos anos 40 e 50, rotulagem nutricional ou biofiltros para processos industriais.
Pedro Gonçalves, secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, que falou na cerimónia de encerramento, aconselhou os concorrentes presentes a pensarem nos projetos “numa perspetiva financeira e global”, porque “é lá que está o grande retorno”.
“Não interessa se a ideia é fantástica. Tem que se saber é como se faz dinheiro a partir dela”, disse.
João Gabriel Silva, reitor da UC, que também discursou, afirmou que há “muitas dificuldades” que se atravessam a quem queira ser “empreendedor aqui, em Portugal”.
Mas “não vão ser as vigarices do Governo ou os erros da União Europeia que nos vão impedir de crescer”, concluiu.
Na edição deste ano do prémio, houve 105 projetos a concurso e foram distribuídos cerca de 160 mil euros em prémios.
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