Universidade
Universidade de Coimbra estuda aplicação de microalgas para tratamento de efluentes de ETARs e geração de biocombustíveis
O Departamento de Ciências da Vida (DCV) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com a Algoteca da UC (ACOI), está a estudar a aplicação de microalgas para tratamento de efluentes de estações de tratamento de águas resíduas (ETARs) e geração de biocombustíveis.
O projeto “Application of microalgal and fungal biomass for the treatment of anaerobic digestion effluents and production of the 3d generation biofuels” é da autoria de Ewelina Sobolewska, aluna de doutoramento na Lodz University of Technology, na Polónia, que realizou a fase final do curso em Coimbra.
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“Atualmente, estou a trabalhar com um bio reator para o tratamento do produto de digestão líquido (subproduto da digestão anaeróbia de águas residuais). A comunidade de algas que se desenvolve neste bio reator, utilizada nos processos de degradação, foi parcialmente removida do equipamento para que possamos procurar compostos potencialmente interessantes e úteis, obtendo valor agregado da biomassa que é o produto excedente desse tratamento”, revela a estudante de Erasmus.
De acordo com Ewelina Sobolewska, o objetivo final deste trabalho é encontrar a melhor aplicação para a produção de biomassa excedente que resulta dos processos de limpeza das águas residuais por intermédio das algas, promovendo um modelo circular de gestão de resíduos. As aplicações desta matéria podem ser inúmeras, desde a produção de biocombustíveis até à potencial produção de compostos, que podem ser utilizados na área da cosmética, da medicina, entre outras.
“Neste projeto, foi testado um conjunto de microalgas aquáticas capazes de proporcionar biorremediação, quer seja por fitotransformação oufitodegradação. Neste caso, está a ser utilizada uma mistura de algas que a aluna compôs para degradar determinados resíduos da água, previamente
tratados, entrando as algas já numa fase final do processo”, explicam Leonel Pereira e Nuno Mesquita, investigadores do DCV e orientadores da estudante durante o período de Erasmus.
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