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Universidade de Coimbra desenvolve “nanoesponja” para remover pesticidas da água

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 20-03-2023

Cientistas da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveram um método eficiente para remover da água um dos inseticidas mais utilizados na agricultura e veterinária, através de uma “nanoesponja” com baixo impacto ambiental.

A investigação, desenvolvida por uma equipa do Centro de Química de Coimbra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, pretende resolver a contaminação dos solos provocada pela utilização do inseticida imidacloprid.

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Segundo um comunicado da UC, trata-se de um produto “altamente solúvel em água e persistente no solo, que pode facilmente contaminar o solo e os recursos hídricos próximos das áreas agrícolas alcançando organismos não-alvo, nomeadamente aves, abelhas, minhocas e mamíferos”.

“Para remover este pesticida de forma eficaz, foi utilizada uma nova abordagem de síntese e caracterização de novas estruturas moleculares complexas, formadas a partir da agregação de moléculas mais simples, que se unem cooperativamente através de ligações químicas fracas e que inclui estudos de remoção”, explicaram as investigadoras Gianluca Utzeri e Tânia Firmino Cova, coautoras do estudo.

De acordo com as cientistas, “esta abordagem é conjugada com a modelação e simulação molecular para resolver o problema da contaminação de água por pesticidas”.

“A combinação de estudos experimentais e computacionais permitiram explicar, ao nível molecular, o papel dos agentes de reticulação na eficiência de remoção de imidacloprid pelas nanoesponjas”.

Segundo as investigadoras, o método desenvolvido pode também “ser aplicado para capturar outros pesticidas e poluentes orgânicos da água e ainda contribuir para o controlo da poluição ambiental através de processos de remediação direcionados e controlados”.

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