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Universidade de Coimbra cria espaço expositivo para uma viagem pela vivência académica
A Universidade de Coimbra inaugurou hoje “Éfe-Érre-Á – Momentos da Vida Académica”, um espaço expositivo que reorganiza e reinterpreta espólio em torno da vivência estudantil, naquele que será um “ensaio” para um novo museu académico.
Localizado no Colégio de Jesus, o pequeno espaço expositivo reúne algumas das peças do espólio do Museu Académico da Universidade de Coimbra, instalado no Colégio dos Jerónimos, dando a conhecer algumas das vivências da comunidade estudantil de Coimbra ao longo do tempo.
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Um quadro alusivo à Queima das Fitas de 1926, a capa e a batina, cartas de curso e pastas antigas, a primeira Taça de Portugal conquistada pela Académica, um carro alegórico junto à projeção de um vídeo do cortejo da Queima das Fitas, a recriação cenográfica de parte de uma república de estudantes ou um pequeno núcleo dedicado à Canção de Coimbra são algumas das propostas do novo espaço inaugurado hoje.
Em declarações à agência Lusa, o diretor do Museu da Ciência, Paulo Trincão, salientou que este espaço “é um primeiro passo”, uma espécie de “ensaio” para um novo museu académico, “atual, imersivo e muito mais participativo, que não será um museu meramente expositivo, mas de vivências e emoções”.
O espaço expositivo hoje inaugurado é uma adaptação do projeto vencedor do Orçamento Participativo Jovem de 2020 (orçado em 200 mil euros), que tinha como intenção criar uma exposição itinerante de promoção da academia de Coimbra no contexto das cidades universitárias europeias.
Vários dos participantes na cerimónia de inauguração, entre os quais o presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), João Caseiro, o líder do Conselho de Veteranos, Matias Correia, e o presidente dos antigos estudantes, Jorge Castilho, vincaram essa necessidade de Coimbra passar a ter o Museu Académico que “merece”.
Jorge Castilho defendeu também a criação de um monumento alusivo aos estudantes, considerando que “a academia merece e a cidade agradece”.
O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, registou o repto lançado, vincando que “a estatuária de Coimbra não representa toda a sua história”, comprometendo-se a “enriquecê-la com monumentos e figuras mais típicas da cidade”.
“Mais importante do que o conteúdo nesta exposição é as memórias que nos traz. Há muitas razões para puxar pela nossa memória e reviver momentos antigos”, destacou o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão.
Durante o seu discurso, o reitor defendeu também a necessidade de trabalhar o Museu Académico até ao final do mandato.
De acordo com Paulo Trincão, há cerca de dois mil metros quadrados no Colégio de Jesus destinados ao futuro museu, havendo a vontade de concluir o espaço durante o atual mandato do reitor.
As visitas ao espaço estão incluídas no bilhete geral turístico da Universidade de Coimbra.
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