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Universidade de Coimbra conquista 2 milhões de euros para apoiar jovens sobreviventes de cancro

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 30-06-2022

Apoiar jovens sobreviventes de cancro através da criação de ferramentas para a promoção de um estilo de vida saudável e quebrar o estigma associado a sobreviventes desta doença são os objetivos centrais do projeto europeu “Outdoor Against Cancer Connects Us” (OACCUs). O projeto, que a Universidade de Coimbra (UC) integra, reúne 14 parceiros oriundos de 6 países europeus, e conquistou um financiamento de 2 493 100 euros ao abrigo do programa EU4Health, promovido pela Comissão Europeia para apoiar projetos na área da saúde. O projeto arrancou no presente mês de junho e vai estender-se até dezembro de 2023.

Centrado no trabalho junto de sobreviventes de cancro, o projeto pretende estabelecer também uma rede ativa e sustentada de jovens afetados pela doença, para que possam acolher e apoiar os seus pares que lidam também com o cancro. Esta iniciativa europeia, coordenada pela Universidade de Umeå, da Suécia, reúne uma equipa multidisciplinar, com profissionais das áreas de desporto, medicina, enfermagem, educação, jornalismo, sociologia e psicologia.

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Paula Tavares, docente da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra (FCDEFUC) e coordenadora do projeto em Portugal, explica que o OACCUs se vai focar em quatro pilares: «na promoção de um estilo de vida saudável através do exercício físico, especialmente ao ar livre; no bem-estar psicológico e social; na alimentação saudável, adotando o máximo de alimentos não processados quanto possível; e na preservação do meio ambiente, contribuindo para um planeta saudável, que são os quatro pilares de atuação do projeto Outdoor Against Cancer (OAC)».

A atuação nestes quatro domínios vai ser feita de forma faseada, criando ferramentas que vão contribuir para a promoção de um estilo de vida saudável nos sobreviventes de cancro envolvendo amigos, família e a sociedade em geral. O projeto culmina com a formação de embaixadores, que futuramente vão apoiar outros sobreviventes, permitindo que “também eles adotem comportamentos mais saudáveis, principalmente o exercício físico em contacto com a natureza”, revela Paula Tavares.

Além deste acompanhamento e formação, o objetivo do projeto passa também «por encontrar pontos que permitam intervir numa população que sofre não só da doença, mas num caráter preventivo através da prática de exercício físico e da aplicação dos restantes pilares de uma vida saudável», salienta a docente da Universidade de Coimbra. Neste âmbito, o “Outdoor Against Cancer Connects Us” pretende também «encontrar ferramentas para sensibilizar a própria sociedade para o facto de alguém que sobreviveu a um cancro não ter uma sentença de morte e, por isso, poder ter uma vida com qualidade e saudável», acrescenta.

No futuro, o projeto pretende também apoiar não apenas os sobreviventes de cancro e o trabalho das 14 instituições parceiras, mas promover também a utilização das informações e ferramentas desenvolvidas por parte de outros jovens e estruturas em prol da melhoria da qualidade de vida de sobreviventes de cancro.

Em Portugal, o projeto conta também com a colaboração do Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (através do Serviço de Oncologia Pediátrica, com a colaboração de Manuel Brito e Sónia Silva) e da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Beatriz Gomes, José Pedro Ferreira e Maria João Campos, docentes da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da UC, Guiomar Oliveira, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e diretora do Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Vítor Rodrigues, professor da FMUC e atual presidente da Direção do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro, e Sónia Silva integram também o projeto.

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O “Outdoor Against Cancer Connects Us” conta ainda com outros parceiros da Suécia (Região de Västerbotten e MotiMera), da Alemanha (Outdoor Against Cancer e Clube Desportivo de Munique), da Grécia (Universidade de Patras e organização Creative Thinking Development), de Itália (Universidade de Palermo, Centro Internacional para a Promoção da Educação e do Desenvolvimento e Secção de Palermo da Liga Italiana de Luta Contra o Cancro) e de Espanha (Universidade de Cádiz). As 14 entidades envolvidas têm vindo a desenvolver trabalho junto de pessoas afetadas por esta doença.

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