Coimbra
Universidade comemora 30 Anos de Arquitetura em Coimbra
O Departamento de Arquitetura (DARQ) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) está a comemorar os seus 30 anos de existência. Entre os dias 12 e 28 de março, várias iniciativas vão assinalar a efeméride.
A primeira, intitulada “O Ensino do Projeto. Encontro de Escolas de Arquitectura” acontece já amanhã, dia 12 de março, no DARQ, contando com a participação de todos os cursos de arquitetura das universidades públicas portuguesas.
No dia seguinte, 13 de março, é possível visitar, na Sala dos Estudantes, a exposição “Estrutura para Sino “Cabra””, organizada pelo Núcleo de Estudantes de Arquitetura (NUDA). Trata-se de uma mostra que resulta das propostas de alunos do DARQ com o intuito máximo de projetar uma estrutura que dignifique o que em tempos fora o sino “Cabra” da Torre do Paço das Escolas da Universidade de Coimbra.
O lançamento da revista “NU#45 entre(tanto)” (14 de março) decorrerá pelas 18h, incluindo uma mesa redonda com o tema “Onde está a Escola?”. A inauguração da Livraria NU/NUDA (dia 19) é outro dos eventos previstos que marcará o início da utilização da estrutura que ocupará o espaço físico da escola. A conversa “NuDA em questão” (dia 21) pretende reunir os ex-representantes do NUDA, de modo a mapear expetativas e perspetivas diversas.
O ponto alto das comemorações está marcado para o dia 26 de março, com a realização do encontro “30 Anos em Coimbra”. Ao longo do dia, vários especialistas vão debater a evolução do ensino e investigação no DARQ e qual o futuro da Arquitetura na Universidade de Coimbra. Assistir-se-á, simultaneamente, ao lançamento oficial da rede alumni “[r]egressos” que convoca o regresso dos mais de mil arquitetos formados no DARQ. Será a primeira ação de diversas iniciativas com os seus contributos, nomeadamente ciclos temáticos de conversas e exposições experimentais, no ano letivo 2019-2020.
O encontro, que tem início às 9h15m, no Auditório da Reitoria, inclui o lançamento do livro (pelas 17h45m) “Centralidade do Real: onze arquitetos, onze textos, onze projetos improváveis”, de Alexandre Alves Costa.
José António Bandeirinha, Luís Miguel Correia e Armando Rabaça, responsáveis pelo programa das comemorações, afirmam que o caminho percorrido ao longo de três décadas «são 30 Anos vividos no Claustro do Colégio das Artes que conduziram muitos estudantes, professores e outros funcionários a distintas encruzilhadas, onde foi preciso tomar decisões para seguir caminho, às vezes às escuras, outras vezes às claras. Pretendemos assim, durante este mês, sublinhar tal encruzilhada, ainda que, a par, queiramos reconhecer em que medida esta circunstância própria de quem quer sempre aprender oferece(u) a Coimbra, e não só, continuadamente um outro olhar, afinal motivado pelos problemas do real.»
Quanto ao futuro da Arquitetura em Coimbra, José António Bandeirinha, atual diretor do DARQ, defende «uma escola que se funda numa identidade própria para cada vez mais se abrir ao mundo e às suas mudanças constantes. Ou seja, uma escola que tem a missão primordial de investigar e ampliar o conhecimento no âmbito da disciplina e das suas múltiplas extensões mas, em simultâneo, tem o dever de formar profissionais altamente qualificados, preparados para todos os desafios do futuro. Para isso, tem de se reinventar e de se requalificar a todo o momento.»
Logo, esclarece que «os grandes objetivos que nos propomos atingir neste momento são, por um lado, o da requalificação gradual das instalações no Colégio das Artes e, por outro lado, o de colocar a Universidade de Coimbra, também no que diz respeito ao ensino e à investigação em Arquitetura, numa posição altamente dignificada no plano internacional.»
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