Unidade de Queimados Pediátricos de Coimbra em vias de extinçao?
O PSD de Coimbra considerou hoje inaceitável que a Unidade de Queimados Pediátrica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) tenha ficado de fora do mapa nacional apresentado por uma comissão técnica mandatada pelo Governo.
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Após uma reunião realizada hoje com a presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), o presidente da comissão política concelhia do PSD de Coimbra disse que, depois dos incêndios de 2017, “não se aceita que a Unidade de Queimados Pediátrica simplesmente deixe de existir”.
“No mapa que foi apresentado, as três camas daquela unidade desaparecem e na unidade de adultos não há nenhum compromisso, pelo contrário, Coimbra aparece no último dos projetos”, frisou Nuno Freitas, que se fez acompanhar na reunião pelos deputados sociais-democratas Fátima Ramos e Maurício Marques.
Segundo o dirigente social-democrata, “para cúmulo incrível, Coimbra que fez o essencial do trabalho de assistência aos feridos dos incêndios, fica de fora”, considerando “ridículo” que estejam previstas “duas unidades pediátricas para o Porto”.
Nuno Freitas adiantou também que os parlamentares do PSD vão chamar à Assembleia da República o presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e o secretário de Estado da Saúde para analisarem a situação.
O presidente da comissão política concelhia do PSD acusou ainda a tutela de investimento zero na saúde em Coimbra em 2017 e em 2018.
“A requalificação da urgência do CHUC, a nova maternidade e o projeto de aquisição de equipamentos de imagiologia, todos eles estão parados”, denunciou.
Segundo Nuno Freitas, neste momento o CHUC “está a comprar exames de imagiologia ao privado e não adquiriu o que estava comprometido em relação aos equipamentos“.
“A maternidade está parada e a execução em 2017 na área da saúde em Coimbra foi zero e o investimento em 2018 vai ser zero”, sublinhou.
O dirigente social-democrata considerou que “investimento público igual a zero é obviamente prejudicial para todos os doentes e para a população de toda a região e, sobretudo, porque o CHUC arrisca-se a perder em fatores de inovação muito importantes comparativos com hospitais internacionais e nacionais”.
Na reunião, Nuno Freitas questionou ainda quais os projetos na área da inovação previsto para o CHUC e lamentou que Lisboa venha a acolher a unidade de Cirurgia Robótica no Serviço Nacional de Saúde, “apesar de o CHUC ter uma equipa preparada desde 2012, com um projeto na área da urologia, ginecologia e cirurgia geral, com cirurgiões que se prepararam no estrangeiro para fazer cirurgia robótica”.
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