Justiça
Unidade de Saúde de Coimbra dá azo a acusação a médico e a uma gestora
O médico Carlos Magalhães dos Santos, ligado à Unidade de Saúde de Coimbra, e a administradora judicial Ana Rito Pereira acabam de ser acusados, pelo Ministério Público, sob suspeita de presumível conluio.
Segundo acusação deduzida por um magistrado do MP, a cujo teor Notícias de Coimbra teve acesso, médico e administradora de insolvência terão agido em prejuízo da instituição particular de solidariedade social AFMP – Associação de Fernão Mendes Pinto (antiga accionista minoritária da sociedade anónima Fernão Mendes Pinto Saúde, FMPS).
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A Carlos Magalhães e a Ana Rito acaba de ser deduzida acusação por eventual participação económica em negócio, imputação que recai sobre outros quatro arguidos, tendo qualquer deles, sob presunção de inocência, a prerrogativa de requerer a abertura de instrução (fase processual em que cabe a um juiz pronunciar-se sobre a peça acusatória).
Sob suspeita de desvio de valores da massa insolvente da FMPS, Ana Rito está, por outro lado, acusada de peculato, tal como a mãe de netas da administradora judicial.
Neste contexto, o Ministério Público (entidade titular da acção penal) requer declarações judiciais de perda de vantagens, alegadamente obtidas por arguidos, e de arresto preventivo de bens.
Há 15 anos, a insolvência da Fernão Mendes Pinto Saúde foi requerida por um fundo de investimento imobiliário, Gespatrimónio Rendimento, devido a uma dívida inerente a arrendamento. A FMPS tornou-se arrendatária de uma fracção do imóvel comprado aos Correios na ´Baixa´ de Coimbra pelo antigo universo empresarial do banqueiro Ricardo Salgado.
Uma sociedade parcialmente detida pelo médico Carlos Magalhães dos Santos, Propriarmonia, sucedeu à FMPS no papel de entidade gestora da Unidade de Saúde de Coimbra.
“Estou a investir aqui o dinheiro inerente a uma vida de trabalho; creio que temos legitimidade e reunimos condições para levar o barco por diante”, declarou Carlos Magalhães dos Santos, há seis anos e meio, citado pelo “Campeão”.
A Associação de Fernão Mendes Pinto alegou “fundadas razões” para sustentar que o desempenho de Ana Rito se traduziu em “favorecimento grosseiro” da Propriarmonia com o objectivo de esta reunir condições para assumir a exploração da Unidade de Saúde de Coimbra.
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