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Unicef alerta que 5,2 milhões de crianças ucranianas precisam de ajuda humanitária urgente

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 01-06-2022

Cerca de 5,2 milhões de crianças ucranianas, incluindo 2,2 milhões de refugiados em outros países, precisam urgentemente de ajuda humanitária devido ao conflito que forçou dois em cada três menores a deixarem as suas casas, alertou hoje a Unicef.

A guerra está a ter “consequências devastadoras para as crianças numa escala e velocidade nunca vistas desde a Segunda Guerra Mundial”, sublinhou.

A nota de imprensa do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) foi divulgada hoje para coincidir com as comemorações do Dia das Crianças na Ucrânia e no mundo.

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Pelo menos 262 crianças foram mortas e outras 415 ficaram feridas no conflito, principalmente em ataques com armas explosivas em áreas povoadas, sendo que muitos destes ataques danificaram ou destruíram infraestruturas vitais para as crianças, incluindo centenas de centros educacionais e unidades de saúde.

“A guerra destruiu a vida de milhões de crianças”, resumiu a diretora executiva da Unicef, Catherine Russell, citada no comunicado.

A responsável realçou que “sem um cessar-fogo urgente e uma paz negociada, as crianças continuarão a sofrer, enquanto as consequências do conflito também afetarão as crianças vulneráveis em todo o mundo”.

A agência das Nações Unidas alertou que as crianças que fogem da violência na Ucrânia correm sério risco de separação familiar, violência, abuso, exploração sexual ou de caírem em redes de tráfico humano.

A maioria destas “foi exposta a eventos traumáticos e precisa de ajuda urgente, segurança, estabilidade, serviços de proteção à criança e apoio psicossocial, especialmente aquelas que estão desacompanhadas ou foram separadas das suas famílias”, apontou ainda a Unicef.

A organização, que já prestou assistência a mais de 610 mil crianças e cuidadores psicossociais no conflito, apelou à comunidade internacional a doação de 948 milhões de dólares (cerca de 885 milhões de euros) para financiar a sua resposta humanitária, quer na Ucrânia, quer nos países de acolhimento de refugiados ucranianos.

A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,8 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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