Coimbra
Um milhão de euros em prejuízos no parque de campismo da Figueira da Foz
Os prejuízos resultantes da passagem do furacão Leslie pelo parque de campismo do Cabedelo, na Figueira da Foz, ascendem a um milhão de euros, disse hoje um responsável pela estrutura.
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Oitenta caravanas foram afetadas, disse à agência Lusa o diretor-geral da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, Carlos Vieira.
O responsável pela Federação detentora da concessão do espaço criticou ainda a ausência da proteção civil e da autarquia nos trabalhos de recuperação da estrutura.
Das 80 caravanas danificadas, quase 40 voaram e ficaram completamente destruídas, disse Carlos Vieira.
Para além das caravanas, quase metade com perda total, o Parque de Campismo do Cabedelo registou danos em bungalows, em dois balneários, na rede de segurança à volta do espaço, cancelas, campo de futebol, restaurante, iluminação pública e nas caixas de eletricidade – uma primeira previsão aponta para 20 caixas afetadas.
“Cada uma custa mil euros”, sublinha Carlos Vieira.
Os prejuízos nas caravanas devem chegar a um milhão de euros e nos equipamentos do parque até 300 mil euros, afirmou o responsável, notando que no Parque do Cabedelo o cenário é de “devastação total”.
Segundo Carlos Vieira, a recuperação das caravanas vai ter o apoio do seguro que o parque tem – “algo que não existe noutros parques” -, referindo que um perito da companhia de seguros já se está a deslocar ao local.
Em declarações à agência Lusa, o responsável criticou a falta de apoio da proteção civil e da câmara municipal na recuperação do parque de campismo, que tinha 110 a 120 pessoas dentro do espaço aquando da passagem da tempestade.
“Os bombeiros apareceram para ajudar um senhor idoso que se tinha magoado no braço, porque a caravana dele ficou revirada. De resto, ninguém veio aqui ajudar na remoção das caravanas”, sublinhou.
De momento, a equipa do parque está a fazer a limpeza do espaço e já foram contratadas gruas para remover as caravanas, mas há muito por fazer, nota.
“Ainda há caravanas no meio da estrada. Da proteção civil e da Câmara ainda não recebemos apoio nenhum, nem uma palavra, nem para verificar os prejuízos, o que lamentamos”, frisou Carlos Vieira.
De acordo com o responsável, há muitas pessoas idosas que passam grande parte do tempo no parque de campismo e, para essas, o espaço manter-se-á aberto.
“Estamos apenas fechados para novas pessoas”, contou, referindo que a prioridade, neste momento, é garantir condições numa zona do parque para os caravanistas que já lá estavam.
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