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Ucrânia retira imagem de Hirohito ao lado de Hitler de vídeo após protesto do Japão
O Governo da Ucrânia retirou uma imagem do antigo Imperador japonês Hirohito de um vídeo em que aparecia ao lado do nazi Adolfo Hitler e do fascista Benito Mussolini e pediu desculpas ao Japão.
O Japão vai continuar a apoiar os ucranianos que estão a defender o seu país da invasão russa, apesar do retrato “completamente inapropriado” de Hirohito, disse hoje o vice-chefe de gabinete do Governo japonês Yoshihiko Isozaki, citado pela agência de notícias AFP.
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O vídeo, divulgado pelo Governo da Ucrânia na rede social Twitter em 01 de abril, incluía imagens dos líderes da Alemanha (Hitler), Itália (Mussolini) e Japão (Hirohito) durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) acompanhadas pela frase: “O fascismo e o nazismo foram derrotados em 1945”.
O Japão entrou na Segunda Guerra Mundial ao lado da Alemanha e da Itália, acabando derrotado, com as avaliações do papel de Hirohito a permanecerem hoje divididas no Japão.
Já o primeiro-ministro da altura, Hideki Tojo, foi condenado por crimes de guerra e enforcado, após o conflito.
“Retratar Hitler, Mussolini e o Imperador Showa [Hirohito] no mesmo contexto é completamente inapropriado” e “extremamente lamentável”, disse Isozaki aos jornalistas.
Segundo Isozaki, o Japão apresentou um protesto e pediu a remoção da imagem do imperador do vídeo, o que a Ucrânia fez.
“As nossas sinceras desculpas ao Japão por causa deste erro”, escreveu no domingo o Governo ucraniano no Twitter.
“Não tínhamos a intenção de ofender o povo amigo do Japão”, lê-se na mesma publicação.
O embaixador da Ucrânia no Japão, Sergiy Korsunsky, também pediu desculpa no Twitter, num texto divulgado hoje em que escreve que quem fez o vídeo não compreendia a história.
O vídeo foi substituído por outro sem a imagem de Hirohito.
O Japão, que faz parte do grupo dos sete países mais industrializados do mundo, juntou-se às sanções a Moscovo após o ataque da Rússia à Ucrânia, iniciado em 24 de fevereiro.
Por outro lado, o Japão já enviou cerca de 280 milhões de euros de ajuda para a Ucrânia e países vizinhos que receberam refugiados da guerra e recebeu também centenas de descolados ucranianos.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
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