Coimbra
UC torna o setor dos moldes mais competitivo e mais verde
Uma equipa de investigadores do Centro de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra (CEMUC), em parceria com uma empresa de moldes, aplicou com sucesso a tecnologia aditiva ao fabrico de componentes metálicos, permitindo melhorar significativamente o ciclo de produção.
Considerada a “Nova Revolução Industrial”, a técnica de fabricação por processos aditivos de metais «permite criar geometrias inimagináveis, impossíveis de alcançar por outros métodos. Os processos aditivos possibilitam liberdade total na criação de formas complexas, com consequências no desenvolvimento do futuro da engenharia», explica Teresa Vieira, coordenadora da investigação e docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).
Financiado em meio milhão de euros pelo COMPETE – Programa Operacional Fatores de Competitividade – e coordenado pela ANI – Agência Nacional de Inovação, o projeto Two in One (dois em um) foi desenvolvido em parceria com a FAMOLDE, uma empresa especializada na fabricação de moldes de pequenas e médias dimensões destinados essencialmente às indústrias eletrónica e automóvel.
«Os processos aditivos são o futuro da indústria. Além de permitir melhorar todo o ciclo de produção, trazendo vantagens competitivas, é uma técnica muito mais sustentável e ecológica. Não há desperdícios porque as sobras são utilizadas na produção de novas peças», realça Teresa Vieira.
Os resultados da investigação e os benefícios da aplicação desta técnica para a indústria em geral, técnica já bastante utilizada no setor aeroespacial, nomeadamente pela NASA, vão ser apresentados, amanhã, dia 25 de setembro, pelas 18 horas, em Coimbra, nas instalações da Ordem dos Engenheiros (Rua Antero de Quental).
Subordinada ao tema “Fabricação Aditiva de Metais – A Nova Revolução Industrial. Desafios e soluções”, a sessão visa explicar que «a fabricação aditiva em geral e a de metais e ligas metálicas em particular assume hoje em dia uma importância vital, devido à possibilidade de produzir componentes metálicos de pequena série e geometria muito complexa, associado à sua apetência para reduzir significativamente a produção de resíduos, contribuindo para uma solução industrial sustentável», acentua a catedrática da FCTUC.
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