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Turismo da Universidade de Coimbra verifica quebra de 90 por cento (com vídeo)
O turismo, a nível nacional, foi uma das áreas mais afetadas pela covid-19 e a Universidade de Coimbra (UC) não foi exceção. Foi projetado, em 2020, que houvesse uma quebra de cerca de 50 por cento nas receitas do turismo na UC, face a 2019, mas, após verificação no final do ano civil, o número rondou os 90 por cento. Já no ano passado, devido às restrições, contou-se 10 vezes menos turistas do que o habitual. Número este que ainda não melhorou em 2021.
Em entrevista ao NDC, o reitor da UC, Amílcar Falcão, admite que janeiro e fevereiro de 2020 foram os meses mais impactantes no turismo da instituição de sempre, mas, com a chegada do vírus em março desse ano, a quebra foi mais do que significativa. Embora esta agravante, a UC conseguiu recuperar os custos fixos, pelo que não houve espaço para lucro. “Em agosto ainda houve algum movimento, mas nada de especial”, elucida.
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Amílcar Falcão explica que, ao ter em conta a situação pandémica, ainda há um grande fluxo de turistas e que a UC continua a ser o segundo local mais visitado da zona centro de Portugal, a seguir a Fátima, e que quem visita a instituição é importante para a sua continuação. “A presença de turistas, do ponto de vista financeiro, é algo que temos de questionar. Fazemos tudo o que podemos para estarmos nas melhores condições”, enaltece. O próprio revela que os meses de junho e julho do presente ano tiveram um ligeiro aumento de fluxo turístico, “mas muito longe daquilo que é a situação normal”. Prevê-se que os resultados das receitas sejam semelhantes aos de 2020.
O reitor da UC espera que 2022 seja o ano de regresso à normalidade e que a instituição está a fazer “tudo o que é possível” para contribuir para isso. Ainda que veja o turismo como “um setor que está em quebra”, a instituição está a preparar-se “o melhor possível para a retoma”, admite. Amílcar Falcão confessa que estão projetados até ao final desse ano, no mínimo, dois a três projetos no ramo da museologia e o fim da recuperação do Paço das Escolas, paisagem emblemática da universidade.
O NDC teve oportunidade de falar com alguns turistas. Estes salientam vários aspetos que apreciam da UC, desde a arquitetura até ao matar das saudades dos tempos de estudante. Todos confessam gostar da visita e deixam o convite para quem pretende ir à instituição um dia.
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