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Tudo isto é Fado de Lisboa!
Um estudo da Cision concluiu que a palavra Fado foi mencionada 30986 vezes nos meios de informação online de todo o mundo. Destas, 13968 referências tiveram lugar nos meios de comunicação online fora de Portugal, em 100 diferentes países.
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Este número impressionante demonstra que o Fado há muito deixou de ser um visitante passageiro de outros pontos do globo, mais ou menos distantes, passando a fazer parte dos gostos e consumos musicais de diferentes culturas, espalhadas um pouco por todo o planeta.
Entre os países cujos meios de comunicação online mais vezes mencionaram o Fado estão os EUA, com 3997 referências, a vizinha Espanha, com 1879, a Alemanha, com 1500 e o Brasil com 1087.
Seguiram-se a Itália, a França, a Roménia e o Reino Unido, numa lista de uma centena de países que inclui muitos expetáveis como Angola, Cabo Verde, Moçambique ou Luxemburgo, mas também os improváveis Togo, Haiti, Camboja ou Sri Lanka.
Ao falar-se de Fado, seja em que língua ou país do mundo for, torna-se incontornável referir a sua figura maior: Amália. O vulto, a intérprete que o dimensionou, enquanto arte e o catapultou além-fronteiras. Quinze anos após a sua morte, Amália Rodrigues continua a ocupar um espaço intocável no Fado e na música portuguesa e do mundo, e a prova disso são as 3175 referências que registou, nos meios de informação online globais. Amália foi, no período analisado, a fadista que registou o maior número de menções, nos meios de comunicação online, em todo o mundo.
Carlos do Carmo, outra figura ímpar do Fado, viveu em 2014 momentos únicos de consagração internacional. O fadista tornou-se no primeiro artista português a receber o maior prémio da indústria musical internacional, ao ser distinguido com o Grammy Lifetime Achievement Award, galardão entregue em Novembro passado, em Las Vegas. Os media online globais dedicaram-lhe 2057 referências em artigos noticiosos online.
Mas uma nova geração de fadistas tem vindo a conquistar o seu espaço, musical e mediático, não apenas em Portugal, mas no resto do globo. Este facto é facilmente comprovado pelos número de referências registados por Mariza, Ana Moura ou Carminho nos media online globais, incluindo os portugueses. As três fadistas registaram, respetivamente, 3095, 2189 e 1966 referências online.
Seguiram-se Camané, com 1859 referências, Gisela João, com 1359 e António Zambujo com 1170 menções em artigos noticiosos online, em todo o mundo. A fechar esta lista ficaram as fadistas Cuca Roseta e Aldina Duarte, registando 971 e 425 referências em notícias nos meios analisados.
O período temporal sobre o qual incidiu este estudo foi o período decorrido entre os dias 13 de abril de 2014 e 13 de abril de 2015, num universo de mais de 730 milhões de artigos pesquisados.
A informação foi recolhida pelo sistema de monitorização global da Cision, que analisa diariamente mais de 85.000 sites de informação online em todo o mundo.
O estudo da Cision, que tem uma base operacional em Coimbra, não faz qualquer menção ao fado…de Coimbra ou aos interpretes da canção… de Coimbra, o que pode levar a concluir que a recolha apenas contempla o Fado de Lisboa ou que os cantores de Coimbra não têm grande notoriedade no estrangeiro.
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