Portugal
Trio Odemira: Parlamento homenageia irmãos Júlio e Carlos Costa que “deram corpo e alma” à música
A Assembleia da República aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar pela morte dos irmãos músicos Júlio e Carlos Costa, elementos do grupo popular Trio Odemira, considerando que os artistas “deram corpo e alma” à música portuguesa.
O voto de pesar, apresentado pelo grupo parlamentar do Partido Socialista (PS), foi aprovado hoje em sessão plenária por todas as bancadas.
“Carlos Costa e Júlio Costa dedicaram-se ao longo da vida de corpo e alma à música e ao Trio Odemira, construindo carreiras tão longas quanto consagradas, e deixam-nos um legado na cultura musical portuguesa que muito nos deve orgulhar”, pode ler-se no voto apresentado.
Na iniciativa, os socialistas lembram que os irmãos “fundaram e integraram o famoso Trio Odemira, grupo incontornável da música portuguesa que faz parte do imaginário coletivo de várias gerações que cresceram ao som das suas canções”.
“Os irmãos Costa foram sempre os grandes pilares do Trio Odemira, que contou com a participação de treze músicos diferentes ao longo dos anos”, lembra o texto.
É destacado ainda no texto que, “ao longo de 60 anos de atividade o Trio Odemira alcançou registos impressionantes, contando com 122 discos e 1228 canções gravadas, um Disco de Platina e seis Discos de Ouro”.
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Júlio Costa (1935-2021) morreu no passado dia 12 de março, aos 85 anos, cinco dias após a morte do irmão, Carlos Costa, outro dos elementos do popular grupo musical.
O Trio Odemira contava mais de 60 anos de carreira. Formou-se em 1958 e protagonizou êxitos como “Ana Maria” e “Anel de Noivado”, tendo sido o primeiro a gravar em disco temas populares alentejanos, à exceção dos grupos corais, segundo a Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, que dá como exemplo o ‘single’ “Rio Mira”, de 1958.
O grupo, segundo a enciclopédia, detém recordes de vendas como um Disco de Platina (mais de 140 mil exemplares) e seis Discos de Ouro (mais de 40 mil exemplares, cada).
Em 2019, o trio celebrou os 60 anos de carreira, com uma atuação no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz. Em setembro de 2016, foi distinguido com Prémio de Mérito e Excelência Cidade de Moura, na área da Música.
Em 2005, o trio editou o álbum “Portugal Latino”, em que interpreta temas portugueses e latino-americanos, na linha que sempre marcou o grupo.
No álbum, editado pela Ovação, o trio recupera alguns temas que foram êxitos como “As minhas mãos nas tuas”, “Ala vara del camino” ou “Anel de noivado”.
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