Gutchi é um cão meio, obediente e divertido. Elsa Borges adotou o animal qual tinha apenas um mês e meio. Foi amor à primeira vista. Contudo, o inesperado aconteceu. O patudo decidiu fugir e foi encontrado na rua por uma mulher que agora diz ser a dona do amigo de quatro patas.
O Tribunal de Matosinhos vai decidir em breve quem é a legítima dona de um Gutchi. Por razões financeiras, o cão não foi registado com chip, mas a dona colocou-lhe uma trela a sinalizar que tinha dono, avança o Correio da Manhã.
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“O cão era deixado todos os dias na casa da mãe de Elsa mas, em dezembro do ano passado, saltou o portão e voltou para a casa de Elsa, a cerca de 500 metros, em Santa Cruz do Bispo. Acabou recolhido da rua pela presidente de uma organização não governamental (ONG), que se recusa agora a entregá-lo. Sete dias após o ter encontrado vacinou-o, registou-o e castrou-o”, lê-se na notícia.
Foi colocada uma providência cautelar a pedir a restituição imediata de Gutchi à família que o adotou e criou. “O chip não demonstra o amor que tenho por ele. Tenho muitas saudades do Gutchi. Ele foi-me retirado. Ele não fugiu, simplesmente. Ele tinha voltado para a casa dele, à minha procura. Mas foi atraído com comida e entrou pelos portões da organização, ao lado de minha casa”, descreveu Elsa ao Correio da Manhã. Foi ainda apresentada queixa na PSP.
O jornal falou com a presidente da ONG que, através do intercomunicador da porta, disse que apenas vai prestar declarações em tribunal.
Elsa conta que sofreu um aborto e que momentos a seguir acontece a fuga de Gutchi. “Ele andava preocupado e só queria estar junto de mim. Perdi-os aos dois”.
A PSP já foi à casa da mulher que tem Gutchi, num prédio de Matosinhos, mas voltou a recusar a entregá-lo.
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