Economia

Tribunal aprova recuperação dos Catarino de Febres

Notícias de Coimbra | 8 anos atrás em 06-11-2016

Notícias de Coimbra apurou que foi homologado o plano de recuperação  da Catarino S.G.P.S., S.A., com sede em Febres, Cantanhede.

Vitor Catarinho, Presidente do Conselho de Administração da Catarino SGPS

Vitor Catarinho, Presidente do Conselho de Administração da Catarino SGPS

Nos autos de Processo Especial de Revitalização da Catarino S.G.P.S., S.A, na Comarca de Coimbra, Instância Central, Secção de Comércio, J2, foi proferida sentença de homologação do plano de recuperação da devedora Catarino S.G.P.S., S.A. conducente à sua revitalização.

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A Relação de Créditos Reconhecidos indica que a Catarino S.G.P.S., S.A devia mais de 36 milhões de euros.
Da lista de credores constam nomes como os do Banco BIC Português, S.A., Banco Comercial Português, S.A.
Banco Santander Totta S. A., Caixa Económica Montepio Geral, Caixa Geral de Depósitos, S. A.,  Garval – Sociedade de Garantia Mútua, S.A., Instituto da Segurança Social – I P, Lisgarante Sociedade de Garantia Mutua S A ou Novo Banco S. A.

O Grupo Catarino, criado há 66 anos em Febres, Cantanhede, onde mantém a sede, abarca empresas nos setores da construção, interiores (residencial e hotelaria) e fileira florestal.

Ramos Catarino SA, Catarino Mobiliário e Decoração de Interiores Lda e Ramos Catarino Dois – Arquitetura de Interiores e Construção, Lda são outras empresas deste grupo que aderiram ao PER.

A Ramos Catarino S.A.,  “porta aviões” do conglomerado empresarial com sede em Febres (que conta na sua universalidade com a colaboração de conhecidas figuras da comunicação, do desporto e da politica) também viu aprovada a homologação do plano de recuperação.

Segundo dados a que NDC teve acesso, a sociedade liderada pelos irmãos Vítor e Jorge teria pagar os 60 milhões de Euros a centenas de credores.

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Em 2013, Vítor Catarino declarou que “perante a enorme redução do volume de obras e as dificuldades de acesso ao crédito em Portugal (num setor em que isso é fundamental para a sustentabilidade das empresas)”, a Ramos Catarino avançou para o PER, “de forma a reestruturar a empresa e acautelar os interesses” dos seus clientes, fornecedores e colaboradores.

Embora este processo tenha algumas consequências, no curto prazo, para os fornecedores e os colaboradores, “também permite evitar que a situação económico-financeira se degrade, garantindo, atempadamente, o equilíbrio e a sustentabilidade da empresa”, sustentava Vítor Catarino.

Em junho, o semanário Expresso escrevia que  o Fundo Vallis Constrution vai tomar uma posição de controlo nas empresas da fileira da construção e decoração de interiores do grupo Catarino SGPS”.

O novo modelo de partilha do capital “é o que se nos afigura mais adequado para potenciar a criação de valor tendo em conta o perfil empresarial do grupo”, acrescentava Pedro Gonçalves ao Expresso. O gestor escusou-se a quantificar a “posição de controlo” detida pelo fundo.

Contacto pelo Expresso, Vitor Catarino “declinou comentar a operação que conduz a uma profunda reorganização no conglomerado familiar”.

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