Portugal

Transtejo Soflusa instaura inquérito interno ao acidente com barcos no Tejo

Notícias de Coimbra com Lusa | 20 horas atrás em 06-01-2025

Imagem: Correio da Manhã

A Transtejo/Soflusa determinou “a instauração imediata de um inquérito interno” para apuramento das circunstâncias e responsabilidades do acidente ocorrido na tarde de hoje no rio Tejo, envolvendo um barco de transporte de passageiros e um barco de pesca.

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Na sequência do acidente duas pessoas ficaram feridas e duas estão desaparecidas.

Numa resposta enviada à agência Lusa, a empresa explica que pelas 16:55 o navio catamarã “Antero Quental”, que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa, foi alvo de abalroamento por uma embarcação de pesca.

A empresa adianta que o mestre do navio tentou evitar o embate, designadamente com vários alertas sonoros, e que estes foram ignorados pela embarcação de pesca.

Depois do acidente, explica ainda a Transtejo/Soflusa, foi feito o procedimento habitual nestas circunstancias, nomeadamente a realização de um exame de alcoolemia ao mestre do navio, pelas autoridades competentes, “cujo o resultado foi de  0,0g/l de álcool no sangue”.

No entanto, acrescenta a empresa, o Conselho de Administração determinou a instauração imediata de um inquérito interno, para apuramento das circunstâncias e responsabilidades desta ocorrência.

A Transtejo Soflusa, empresa responsável pela ligação fluvial entre o Seixal, Montijo, Cacilhas, Barreiro e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, adianta que o transporte de passageiros na ligação fluvial Barreiro – Terreiro do Paço mantém-se ativo e regular.

Segundo a Capitania do Porto de Lisboa, as buscas pelos dois desaparecidos que seguiam na embarcação de pesca que colidiu com o catamarã vão decorrer “até que seja possível”.

“Vai descer a maré e as buscas vão decorrer até que julguemos que há condições para as fazer”, afirmou o capitão do porto de Lisboa, Paulo Rodrigues Vicente.

O capitão-de-mar-e-guerra, que também comanda a Polícia Marítima de Lisboa, falava aos jornalistas na capitania do porto sobre o balanço das operações de socorro e resgate dos dois feridos e dois desaparecidos de uma embarcação de pesca que colidiu com um catamarã de transporte de passageiros da Transtejo-Soflusa.

“Não temos previsão em termos de horas [para fazer as buscas], vamos ver as condições, vamos bater a zona, vamos verificar todas as zonas ali perto”, explicou Rodrigues Vicente, acrescentando que o “rio tem características muito especiais, não é mar aberto, a corrente tem uma forte influência no transporte de pessoas” e vão “agarrar nessa experiência e tentar encontrar essas pessoas”.

O comandante da Polícia Marítima confirmou que foi o mestre da embarcação de passageiros que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa a dar o alerta, pelas 17:05, que tinha colidido com uma “embarcação mais pequena”, com quatro ocupantes, dois dos quais foram resgatados junto ao cais da Margueira e assistidos pelos bombeiros de Cacilhas.

Os dois feridos, um com gravidade e outro ligeiro, foram transportados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada.

Na sequência do alerta, “foram de imediato ativadas para o local uma embarcação do comando-local da Polícia Marítima de Lisboa, uma embarcação da Estação Salva-vidas da Capitania do Porto de Lisboa e uma embarcação dos Bombeiros Sapadores de Lisboa, além do helicóptero da Força Aérea.

Segundo o capitão do porto, um helicóptero da Força Aérea foi “acionado cerca de 40 minutos após o acidente” e as buscas vão prosseguir tendo também em conta as “tabelas normais de sobrevivência na água”.

Questionado sobre o tipo de embarcação de pesca, Paulo Rodrigues Vicente avançou que “se trata de uma embarcação de pesca, vulgarmente da amêijoa”, informação que advém de, nas operações de mergulho, porque a embarcação virou, ter sido encontrada “uma ganchorra e vários apetrechos de pesca” que podem indiciar que “iam para a prática da apanha da amêijoa”.

“Os canais que as embarcações de transportes de passageiros usam, quer para o Seixal, quer para o Barreiro, são cruzados diariamente por muitas embarcações”, admitiu o capitão do porto, confirmando que a colisão ocorreu dentro desse canal.

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