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Transformações mal geridas levam trabalhadores ao limite, revela estudo
Imagem: depositphotos
Estudo da empresa Emergn revela que metade dos trabalhadores pensa deixar o emprego devido à fadiga causada por transformações. 87% destes trabalhadores consideram que o impacto destas transições foi inconveniente e prejudicial.
A Emergn, empresa global de serviços digitais, divulgou recentemente os resultados do estudo “Transformation Fatigue”, que revela preocupantes sinais de desgaste entre os trabalhadores devido a mudanças organizacionais frequentes e mal geridas.
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A pesquisa da Emergn abrangeu 702 entrevistados no Reino Unido e nos Estados Unidos, incluindo CEOs, COOs, gestores de projeto, consultores de transformação e gestores departamentais, em empresas com mais de 1.000 funcionários e uma média de faturação anual superior a 500 milhões de dólares.
Entre os resultados, destaca-se que 50% dos trabalhadores consideraram abandonar os seus empregos por causa da fadiga provocada por transformações contínuas.
O estudo também mostra que 60% dos funcionários relataram sentir burnout como resultado dessas mudanças sucessivas, e 58% confessaram sentir desânimo e resignação sempre que uma nova transformação é anunciada.
Metade dos inquiridos apontou falhas de liderança, especialmente a distância das chefias em relação às preocupações das equipas, como um dos principais fatores para o insucesso das transformações.
Além disso, 25% dos colaboradores mencionaram a falta de clareza na comunicação dos objetivos como uma preocupação significativa, sentindo-se mal informados sobre as razões por trás das mudanças implementadas.
Apesar dos desafios, 70% dos trabalhadores reconhecem a importância de transformações bem-sucedidas para manter a competitividade no mercado. Contudo, há uma insatisfação crescente com as grandes consultoras de transformação: 87% dos inquiridos que trabalharam com três das maiores consultoras globais relataram um impacto negativo ou nulo nas suas organizações, enquanto apenas 13% consideraram estas transformações algo positivo.
Alex Adamopoulos, CEO da Emergn, afirma que as organizações precisam de soluções personalizadas e que sejam donas do seu próprio processo de transformação.
Em Portugal, a Emergn tem vindo a construir uma equipa robusta de cerca de 80 colaboradores, focada em desenvolver produtos e soluções adaptadas às necessidades específicas das organizações, o que pode ajudar a evitar a fadiga mencionada no estudo.
Esta investigação também revela que a fadiga das transformações é mais pronunciada em setores como o público e governamental, onde 65% dos trabalhadores consideram abandonar os seus empregos devido às transformações frequentes.
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