Coimbra
Tráfico de droga na Baixa de Coimbra: Câmara e PSP não querem ficar com “a batata quente”
O Comando Distrital da PSP de Coimbra diz que se mantém atento à situação que se vive na Baixa da cidade através do reforço de policiamento. Apesar disso, esta força de segurança entende que os factos relatados pelos empresários da zona não são apenas “um problema de polícia”.
Em resposta às questões formuladas pelo Notícias de Coimbra, após a divulgação de um mail assinado pelos empresários e empresárias da Baixa de Coimbra, a PSP de Coimbra começa por reconhecer que “a situação da Baixa de Coimbra é complexa e perdura há já vários anos”.
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No entender do comando distrital, as questões suscitadas representam um problema “de índole social e que exige uma intervenção holística, que envolva as instituições e organismos que lidam direta ou indiretamente com a situação, panorama aliás comum em diversas outras cidades, tanto em Portugal como no estrangeiro”.
A visão relatada pelos comerciantes, de acordo com a polícia, “não é inteiramente partilhada por entidades parceiras que, em conjunto com esta PSP, tudo têm feito para minimizar o problema, nomeadamente a Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, Câmara Municipal, Junta de Freguesia, entre outras”.
Mesmo assim, referem que “alguns fenómenos geradores de instabilidade continuam a estar relacionados com o funcionamento de diversas instituições que prestam diversos apoios, ao nível sanitário, alimentação, cedência de vestuário e outros, que inevitavelmente continuam a atrair e a manter nas imediações beneficiários com múltiplos perfis, que vão da pobreza extrema à toxicodependência”.
Recorde-se que um dos exemplos “flagrantes” apontado pelos empresários e empresárias da Baixa ocorre na zona da Rua das Rãs “em frente ao estabelecimento da Taska do Silva”. De acordo com os subscritores, “existe um grupo criminoso que utiliza a entrada deste estabelecimento como sede para operar uma rede de distribuição de droga”.
Para além do tráfico “diariamente a céu aberto, este grupo também é responsável por diversos desacatos e episódios de violência” nesta zona. “No último mês houve episódios em que assistimos a ameaças de morte, confrontos que envolveram lesões graves como por exemplo um individuo que ficou sem um olho e outros 2 individuos que foram gravemente feridos com uma arma branca e inclusive episódios de tiroteios”, afirmam no mail enviado a diversas entidades, comunicação social incluída.
A PSP de Coimbra diz que “continua atenta, envidando todos os esforços no sentido de prevenir a criminalidade e outro tipo de práticas geradoras do sentimento de insegurança, nesta e noutras áreas da cidade”.
Para tal, tem “reforçado o policiamento, através das suas diversas valências, o que tem sido publicamente reconhecido por várias entidades”. “A presença da PSP tem sido mais assídua e o impacto deste reforço é tangível também nas detenções aí efetuadas regularmente e que têm sido publicamente noticiadas, também pelo Notícias de Coimbra”, referem.
Na mesma resposta, o comando da PSP de Coimbra reitera que “continuará empenhado numa intervenção conjunta, a vários níveis e envolvendo diversas entidades, como tem sucedido até aqui”.
As mesmas questões foram endereçadas ao Município de Coimbra que, em resposta ao Notícias de Coimbra, disse que a comunicação dos empresários da Baixa foi reencaminhada “para a PSP, que é a entidade competente para intervir nesta matéria”.
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