Trabalhadores vão “fazer tudo” para Pousada Convento do Desagravo reabrir
Os trabalhadores e o Sindicato de Hotelaria do Centro vão “fazer tudo” para que a Pousada Convento do Desagravo, em Vila Pouca da Beira, no concelho de Oliveira do Hospital, que encerrou na sexta-feira, seja reaberta.
Os funcionários da pousada de Vila Pouca da Beira e o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro “irão fazer tudo para que se encontre uma solução para a possível reabertura” desta unidade, afirma, numa nota enviada, no sábado, à agência Lusa, a organização sindical.
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Acreditando que não tardará a aparecer um investidor para explorar o equipamento, os trabalhadores e o sindicato esperam que, então, as contratações dos profissionais sejam feitas, “através do IEFP [Instituto do Emprego e Formação Profissional]”.
A unidade hoteleira encerrou por ter expirado e por não ter sido renovado o respetivo contrato de exploração entre a empresa Pousadas de Portugal (Grupo Pestana) e a Fundação Bissaya Barreto (FBB).
Depois de saber, há cerca de cinco meses, que a pousada de Vila Pouca da Beira, a cerca de 10 quilómetros de Oliveira do Hospital, iria fechar, o sindicato reuniu com os trabalhadores, com o Grupo Pestana Pousadas e com a Sociedade Hoteleira do Desagravo/FBB, acabando as negociações, a pedido do sindicato, por serem mediadas pelas Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho/Norte, mas sem sucesso.
“A Sociedade Hoteleira do Desagravo/Fundação Bissaya Barreto informou taxativamente que não iria explorar o estabelecimento e, por isso, a atividade do mesmo cessaria”, com o fim do contrato de exploração com o Grupo Pestana Pousadas, afirma o sindicato.
Os 14 funcionários da pousada vão agora, apoiados pelo sindicato, desencadear um processo no sentido de encontrarem meios que possam permitir a reabertura e exploração do estabelecimento.
O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), José Carlos Alexandrino, disse à agência Lusa, na sexta-feira, que tinha falado com a presidente da FBB, que lhe confirmou que a Pousadas de Portugal não estava interessada na exploração da unidade, nem colocava “a hipótese de renovar” o respetivo contrato.
Segundo o autarca, na base do encerramento da pousada está a “falta de rentabilidade” económica, onde se inserem questões relacionadas com o preço das rendas pagas pelo concessionário, montante que José Carlos Alexandrino disse desconhecer.
A Câmara de Oliveira do Hospital tem feito “alguns contactos” na busca de novos interessados na exploração da unidade hoteleira, com 29 quartos, e o autarca acredita que há “boas possibilidades” da pousada reabrir.
“Teremos de aguardar algum tempo até que esta questão do encerramento esteja resolvida. Mas há fortes possibilidades [de reabrir]”, frisou José Carlos Alexandrino.
A exploração da Pousada Convento do Desagravo por parte da FBB era feita através da Sociedade Hoteleira do Desagravo, que para o efeito assinou um contrato de concessão com o Grupo Pestana.
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