Os trabalhadores da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra realizam esta terça-feira, 17 de dezembro, um cordão humano entre o Hospital Pediátrico e os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) para protestar contra a política de estacionamento nas duas unidades de saúde.
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“O parqueamento nos Hospitais da Universidade de Coimbra há muito que tem vindo a ser efetuado de forma caótica, verificando-se uma diminuição considerável da disponibilidade de estacionamento para a generalidade dos seus trabalhadores, sendo que, uma parte significativa destes, trabalha por turnos”, escreve a União dos Sindicatos de Coimbra numa nota enviada ao NDC.
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O documento sublinha o facto de não haver “soluções de parqueamento no exterior de algumas unidades de saúde desta ULS, designadamente nos HUC e no Hospital Pediátrico”, acrescentando que “os atuais constrangimentos no parqueamento colocados aos trabalhadores da ULS não se traduzem na diminuição do número de viaturas ao redor das unidades de saúde, mas sim no aumento da dificuldade em estacionar”.
Recorde-se que o acesso ao interior dos HUC passará a ser pago a partir de segunda-feira, 16 de dezembro.
O tarifário a aplicar é de 0,50€ para os primeiros 15 minutos, de 0,40€ para os segundos 15 minutos, com as frações seguintes de cada 15 minutos a custarem 0,30 cêntimos.
Feitas as contas, uma hora de estacionamento com este novo modelo custa aos utentes 1,50 euros, passando depois a 1,20 euros por hora. O máximo diário é de 10 euros.
Os funcionários terão acesso gratuito aos 3 parques de estacionamento reservados e um parque misto (funcionários e utentes) até ao final do ano, não tendo ainda a administração da ULS Coimbra decidido o valor que terá de ser pago por cada um dos trabalhadores para conseguir aceder à zona.
Ao todo, são disponibilizados cerca de 1.400 lugares de estacionamento que já estão a ser acedidos através de cancelas que lêem as matrículas das viaturas através das câmaras instaladas.
A medida, de acordo com a ULS, tem como objetivo garantir “as melhores condições possíveis para utentes e profissionais”. Por estarem “plenamente cientes da complexidade desta situação e da necessidade de uma abordagem abrangente e integrada para encontrar soluções eficazes”, os responsáveis estão “a trabalhar ativamente em medidas que incluem: promoção da mobilidade leve, melhoria da rede de transportes públicos, e regulação do estacionamento associada à criação de mais lugares”.
Contudo, os funcionários dos HUC estão indignados com a forma de acesso aos parques de estacionamento nesta unidade de saúde.
“Agora perguntamos: porque somos funcionários de segunda pagando o mesmo que os de primeira. O correto seria o cartão de todos os funcionários dar acesso a todos os parques, como acontece noutras instituições”, referem, sem quererem identificar-se “por causa de represálias”.
Bem como, os agentes funerários manifestaram descontentamento com a implementação do estacionamento pago nos Hospitais da Universidade de Coimbra. “Agora temos de pagar para trabalhar”, afirmam os agentes funerários ao NDC, indignados com a ausência de isenção para veículos funerários e familiares que se deslocam para reconhecer os corpos.
A Organização Regional de Coimbra do PCP considera que o pagamento do parque de estacionamento dentro das unidades de saúde da ULS Coimbra não irá resolver o problema da falta de lugares.
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