Trabalhadores dos SMTUC convocam greve para dia das autárquicas!
Os trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) decidiram hoje convocar uma greve de 48 horas para 30 de setembro e 01 de outubro, dia das eleições autárquicas.
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A comissão de greve nomeada no plenário de trabalhadores decidiu avançar com uma paralisação para a véspera das autárquicas e para o dia das eleições e greve a todo o trabalho extraordinário e dias de folga entre 01 de setembro e 01 de outubro, disse à agência Lusa o secretário da Comissão de Trabalhadores dos SMTUC, Sancho Antunes.
Os trabalhadores vão ainda realizar assembleias na Praça 8 de Maio, junto à Câmara Municipal de Coimbra, a todas as segundas, quartas e sextas-feiras, entre 01 e 29 de setembro, acrescentou.
Os funcionários dos SMTUC exigem uma carreira específica, com uma “tabela salarial própria e sistema de avaliação próprio”, sublinhou Sancho Antunes.
Segundo o secretário da Comissão de Trabalhadores, desde 2009, os trabalhadores com função de motorista foram colocados na carreira de assistente operacional, colocando-os no primeiro escalão da Função Pública, com um ordenado de início de carreira de 535 euros.
“Os que entram, entram a ganhar o ordenado mínimo e desempenham as mesmas funções” que os restantes trabalhadores, realçou, referindo que a extinção da carreira “não é aceitável”.
Os motoristas, explanou, têm de investir cerca de 5.000 euros entre cartas de condução e certificados profissionais.
“Não é equacionada a complexidade laboral e a responsabilidade desta profissão”, frisou.
De acordo com Sancho Antunes, além dos SMTUC, a situação verifica-se também em Portalegre e no Barreiro, sendo que os restantes municípios (com exceção das zonas metropolitanas de Lisboa e do Porto) têm os transportes assegurados por empresas privadas.
“Na Carris e na STCP [Sociedade de Transportes Colectivos do Porto] têm uma carreira própria, com uma tabela própria e sistema de avaliação próprio. É o que queremos”, defendeu o secretário da Comissão de Trabalhadores dos SMTUC, realçando que os funcionários estão à espera de uma resposta “há três anos”.
Os trabalhadores, contou, esperam também que o próprio presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, que lidera também a Associação Nacional de Municípios Portugueses, faça pressão junto do Governo para alterar esta situação.
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