Coimbra

Trabalhadores do setor hoteleiro protestaram em Coimbra por direitos e salários

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 14-10-2022

Dezenas de sindicalistas e trabalhadores do setor hoteleiro manifestaram-se hoje, em Coimbra, em defesa dos seus direitos e melhores salários.

“Há necessidade de valorizar os trabalhadores do setor”, defendeu, em declarações à agência Lusa, Afonso Figueiredo, presidente da direção do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro.

O protesto realizou-se à entrada do Convento de São Francisco, onde decorre hoje e no sábado o Congresso da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP).

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“Centenas de milhares de trabalhadores do setor recebem apenas o salário mínimo nacional de 705 euros”, alertou o sindicato, filiado na CGTP, numa nota distribuída aos jornalistas e aos participantes no congresso.

Afonso Figueiredo disse que os trabalhadores “estão em luta por melhores salários, melhores horários, defesa de direitos, carreiras profissionais e condições de trabalho dignas”.

“Com a vinda de imigrantes à força, as empresas o que querem é manter esta política de mão-de-obra barata, aumentar ainda mais precariedade e pôr em causa os direitos e a qualidade de serviço”, considera o sindicato, no panfleto, editado em português e inglês.

A propósito, o presidente da direção da AHRESP, Carlos Moura, disse aos jornalistas que “nunca a AHRESP disse que está contra a evolução salarial” e que, antes pelo contrário, “tem privilegiado o diálogo social”.

“Mas não podemos ficar amarrados a uma contratação coletiva do trabalho que tem 30 anos”, sendo atualmente necessário as empresas “partirem para novos modelos de organização”, o que, segundo Carlos Moura, não pode ser compatibilizado com o que designa de “bloqueios dogmáticos” de alguns sindicatos que negociam com a AHRESP.

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