Os trabalhadores da saúde estão hoje em greve pela valorização da carreira e contratação de trabalhadores, acusando o Governo de adiar “a resolução dos problemas” por estar cerca de meio ano sem negociar com o sindicato representativo.
A paralisação dos trabalhadores em funções em estabelecimentos de saúde vai decorrer entre as 00:00 e as 24:00 do dia 06 de dezembro, estando assegurados os serviços mínimos.
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Em declarações à agência Lusa, Elisabete Gonçalves, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), lembrou que o último encontro com a tutela foi em julho deste ano.
“Fizemos uma reunião com a secretária de Estado da Gestão da Saúde [Cristina Vaz Tomé] em julho e deixámos um conjunto de reivindicações vastas que ficou por analisar. Estamos em dezembro e continuamos a aguardar que a secretária de Estado da Gestão da Saúde nos diga alguma coisa sobre o nosso processo reivindicativo”, salientou.
De acordo com Elisabete, há um “protelar constante” para resolver os problemas no setor.
“Desde julho nunca mais reunimos com o Governo. Temos feito sucessivos pedidos de reunião, em que vamos sempre elencando o conjunto de reivindicações que temos e não temos agendamento de reunião”, lamentou.
A sindicalista admitiu que a FNSTFPS foi convocada para uma reunião na próxima semana “por causa da carreira dos técnicos de emergência pré-hospitalar”.
Mas sublinhou que essa é apenas uma entre várias carreiras que o sindicato tem “para negociar e valorizar”.
Além da carreira dos técnicos de emergência pré-hospitalar, estão por negociar as dos técnicos auxiliares de saúde, técnicos superiores de saúde na área da psicologia, na área da nutrição, na área da farmácia, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.
À Lusa, Elisabete Gonçalves disse ainda que não há “nenhuma concentração agendada” devido aos serviços mínimos.
Os serviços mínimos serão assegurados nos serviços que funcionem ininterruptamente 24 horas por dia, nos sete dias da semana.
Serão também assegurados os tratamentos de quimioterapia e hemodiálise já anteriormente iniciados.
Em concreto, os trabalhadores da saúde exigem a abertura dos processos negociais, melhores condições de trabalho, a dignificação e valorização das carreiras, a contratação de mais funcionários para as várias carreiras do setor e em defesa do SNS.
Os trabalhadores da saúde protestaram em 08 de novembro em frente ao Ministério da Saúde para reclamar a valorização das carreiras e a contratação de trabalhadores para todos os setores da saúde.
Na altura entregaram um pedido de reunião no Ministério da Saúde, acompanhado de uma proposta reivindicativa.
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