Economia

Trabalhadores da Indústria de Hotelaria,Turismo, Restaurantes e Similares do Centro em luta por melhores salários

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 01-10-2014

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Dirigentes, Delegados Sindicais e Activistas da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal, reunidos a 1 de Outubro,  na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Hotelaria, Turismo,  Restaurantes e Similares do Centro, em Coimbra, decidiram e comunicaram a NDC que:

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“Conforme é do conhecimento público, os números que o INE divulgou e que o patronato do sector tem afirmado e divulgado em todos os fóruns de discussão, e que com mais veemência o faz o Governo na pessoa do senhor Secretário de Estado confirmam que os resultados são muito positivos, que em 2013, cresceram acima dos 5,4% na Região Centro, a nível dos proveitos, comparativamente aos resultados de 2012. Já em 2014 e em entrevista ontem à Rádio Antena 1, o senhor secretário de estado Adolfo Mesquita Nunes, confirmou o que tem sido dito por todos os agentes envolvidos nesta matéria , Turismo do Centro, INE e alguns patrões, que espelhando a sua seriedade, não aceitam a deturpação que outros tentam fazerdos resultados obtidos, 2014 no final de Setembro já superou os resultados de todo o ano de 2013.”

Sendo verdade que estes números têm contribuindo, e muito, para melhoria da economia do país, não é menos verdade, que estes resultados têm contribuído para o crescimento da riqueza dos accionistas e Patrões e muito pouco para quem produz, os trabalhadores.

Nós, trabalhadores e representantes sindicais do sector, testemunhamos que em cada uma das nossas empresas, o aumento de clientes/utentes e receitas verificado em 2013 e 2014, são uma realidade, e ao mesmo tempo, sentimos na pele a ausência de distribuição da riqueza para a matéria salarial

O aumento do custo de vida agravou-se drasticamente, com o crescimento brutal dos preços nos produtos e bens de primeira necessidade ou devido ao enorme aumento da carga fiscal, imposta pelo actual Governo, por isso afirmamos e defendemos que é imperativo os salários dos trabalhadores terem de crescer, devemos realçar que algumas poucas empresas pontualmente o fizeram.

Em paralelo, estes sectores de atividade e respetivas empresas beneficiam ainda da retirada de direitos e na redução nos rendimentos dos trabalhadores, como é exemplo disso, a diminuição do pagamento pelo trabalho extraordinário prestado em dia útil, dia de feriado ou dias de férias, a aplicação do Banco de Horas, a retirada dos 4 dias de feriado roubados, os três dias da majoração das férias para a generalidade do sector, entre outras malfeitorias de que os trabalhadores são alvo.

Acresce a tudo isto, as medidas do patronato, com o apoio do actual Governo PSD-CDS-PP, de incentivar pela via da alteração legislativa a redução de trabalhadores, através de despedimentos individuais ou colectivos, as pré reformas, o “Lay-off” ou ainda, os alegados “mútuos acordo” de rescisão de contrato com salários superiores e a consequente, mas diminuta, contratação a termo trabalhadores precários em sua substituição e com salários reduzidos ao nível do Salário Mínimo Nacional, 485€,( a partir de hoje será 505€) que descontando as obrigações fiscais, ficam abaixo do limiar da pobreza.

Os Trabalhadores estão cansados de esperar e de trabalhar para ser pobres.

Assim, a FESAHT e o Sindicato de Hotelaria do Centro seu filiado estão a promover no âmbito da quinzena de luta da CGTP-IN, uma ronda de contactos e denuncia junto dos trabalhadores, para que estes vejam reflectido nos seus recibos o aumento dos salários e os dirigentes, delegados sindicais e activistas reunidos hoje em Coimbra, exigem da AHRESP, a abertura séria de negociações de todos os processos bloqueados e imediato aumento dos salários.

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