Coimbra
Trabalhadores da Casa da Moeda estão hoje em greve
Os trabalhadores da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) estão hoje em greve e vão concentrar-se junto à sede da empresa, em Lisboa, em protesto contra a retirada de benefícios assegurados pelos respetivos serviços sociais.
A paralisação em Lisboa decorrerá durante a tarde enquanto no Porto, Gondomar e Coimbra será todo o dia.
Altamiro Dias, da Comissão de Trabalhadores (CT) da INCM, disse à agência Lusa que, “tendo em conta a mobilização demonstrada pelos trabalhadores”, é provável que sejam decididas outras formas de luta, nomeadamente um desfile até ao Ministério das Finanças.
Na quarta-feira a CT e a associação de aposentados da INCM tiveram nova reunião com a administração da empresa, mas o encontro terminou com acusações mútuas de inflexibilidade.
Segundo Altamiro Dias, os representantes dos trabalhadores disponibilizaram-se para aceitar a tabela de comparticipações da ADSE, para a assistência médica, desde que mantivessem outros benefícios, mas o conselho de administração não cedeu.
O presidente do conselho de Administração da INCM, António Osório, disse à Lusa que a discórdia se prende com “benefícios que estão em vigor e que não se podem manter”, como o pagamento integral de despesas médicas e de medicamentos pelos serviços sociais, que são depois ressarcidos “em suaves prestações mensais” descontadas dos salários dos beneficiários.
Na origem do conflito está a revisão de um regulamento dos serviços sociais da INCM, de 1987, cuja proposta o conselho de administração vai entregar à tutela na próxima semana.
No ano passado, a INCM foi sujeita a uma auditoria pelo Tribunal de contas, que recomendou a atualização do regulamento dos serviços sociais, adaptando os seus benefícios, quotas e comparticipações ao que está a ser praticado no setor público e privado.
A proposta de regulamento da administração da INCM prevê a passagem para as tabelas de comparticipação da ADSE e o aumento da quotização mensal de 1,5 para 2%.
A INCM conta com 668 trabalhadores no ativo, mas os seus serviços sociais têm cerca de 2.000 beneficiários, contando com os reformados e com os familiares.
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