Os trabalhadores que recebem o salário mínimo (705 euros brutos) vão perder poder de compra este ano, o que já não sucedia desde 2013.
Face à elevada inflação, os aumentos do salário mínimo e da remuneração média até ao final da legislatura ameaçam tornar-se menos expressivos do que quando foram anunciados pelo Governo, refere o jornal Público.
Esta realidade vem interromper a tendência de crescimento registada nos últimos anos. Mesmo que se mantenha o aumento de 6,4% prometido pelo Governo para 2023 e a inflação se situe nos 5,1%, como prevê o Conselho das Finanças Públicas, o ganho não será suficiente para recuperar a perda registada no corrente ano.
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O aumento do salário mínimo nacional vai ser um dos pontos a debater, esta quarta feira, durante a reunião da Comissão Permanente de Concertação Social.
Este ano de 2022 marca, assim, a interrupção do ciclo de crescimento e, pela primeira vez em nove anos, o salário mínimo nacional perde poder de compra. A remuneração mínima aumentou 6% mas, caso as previsões de inflação do Governo (7,4%) e do CFP (7,7%) se confirmem, isso deverá traduzir-se numa perda entre 1,4% e 1,7%.
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