Crimes
Tio diz que marido da inspectora da PJ lhe disse que tinha 99,9% de certeza que esposa matou avó
Julgamento do crime de Montes Claros, onde foi assassinada uma senhora com 80 anos. Inspectora da PJ acusada de matar avó do marido, que terá dito ao tio que tinha 99,9% de certeza que esta (esposa) tinha assassinado a avó.
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Filho da vitima declara em depoimento no tribunal de Coimbra que o marido da arguida lhe disse,(em frente a outros, em casa da sua irmã), que tinha 99,9% de certeza que Ana Saltão era a autora do crime, só não queria acreditar nisso porque era mulher dele.
O inspector da PJ (casado com a arguida) terá voltado a dizer o mesmo cerca de 3 semanas depois do crime) na sua residência em Vendas Novas, na presença da sua filha mais velha, da mais nova, de uma irmã, de uma cunhada e do genro de Carlos Almeida, que trata a arguida sentada a 2 metros de si, por “fulana”.
O marido da arguida terá ainda dito ao tio que se queria divorciar, que a esposa gastava mais do que devia e até lhe pediu para lhe emprestar um carro, pois, após a separação, Ana Saltão, iria ficar com a viatura do casal.
Carlos Almeida garante que a mãe não apresentava sinais exteriores de riqueza, sendo bastante poupada, ao ponto de não ligar o aquecedor para poupar nos custos com energia.
Acrescenta que a assassinada dava muito valor ao dinheiro, pois provinha de uma família numerosa, do tempo em que se dividia uma sardinha, pelo que a talhante não era pessoa para esbanjar o que tinha angariado ao longo de uma vida de trabalho no Mercado.
Questionado por Castanheira Neves, seu advogado, o assistente declara que o marido da arguida foi “peremptório, categórico…” quando afirmou a sua suspeita sobre a esposa, que entretanto tinha sido detida. Tal convicção seria reforçada pelo facto de ser inspector da PJ.
O filho da vitima declarou ainda que a sua mãe lhe falou por diversas vezes que andava preocupada com estabilidade financeira do casal.
Mónica Quintela, advogada da arguida, quer saber da condição económica de Carlos de Almeida, que é sócio da empresa que explora o Intermarché em Vendas Novas (uma PME Excelência), o que merece a oposição do Juíz-Presidente, que não vê qualquer relação com o caso.
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